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Política
O Projeto de Lei 1786/22 foi apresentado pelo deputado José Guimarães (PT-CE).
Por: Camaçari Notícias
Um projeto em tramitação na Câmara dos Deputados propõe incluir a discriminação ou preconceito em razão do peso corporal relacionado à obesidade – a gordofobia – na lei que define os crimes resultantes de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional (7.716/89). O Projeto de Lei 1786/22 foi apresentado pelo deputado José Guimarães (PT-CE) e ainda será analisado pelas comissões de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial; e de Constituição e Justiça e de Cidadania; e também pelo Plenário da Câmara.
“Como a gordofobia é um preconceito entranhado na sociedade, encorajado por órgãos de saúde pública, campanhas publicitárias, programas de TV e filmes em que pessoas acima do peso viram alvo de piadas, a proteção legal é importante e necessária para para que ocorram mudanças sociais significativas”, defende o parlamentar.
O texto propõe pena de reclusão de um a três anos e multa para quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito em razão do peso corporal relacionado à obesidade. Já impedir, por gordofobia, o acesso de alguém devidamente habilitado a qualquer cargo da administração direta, indireta ou em concessionárias de serviços públicos poderá levar a uma reclusão de dois a cinco anos. A mesma pena valerá para quem impedir a promoção funcional por esse motivo.
O projeto prevê ainda que, quem negar ou obstar emprego em empresa privada por discriminação em razão do peso corporal será punido com reclusão de dois a cinco anos. A mesma pena valerá para quem, por motivo de gordofobia, deixar de conceder os equipamentos necessários ao empregado em igualdade de condições com os demais trabalhadores; impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar outra forma de benefício profissional; ou proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no ambiente de trabalho, especialmente quanto ao salário.
“A discriminação por excesso de peso pode ser vivenciada de maneiras diferentes, desde ofensas e ridicularização, falta de acessibilidade e atitudes preconceituosas em ambientes médico-hospitalares, instituições de ensino, meios de transporte, relacionamentos interpessoais e na mídia (…) Infelizmente, é grande o número de pessoas que não enxergam que atitudes, comentários ou piadas sobre a forma física do outro têm o poder de causar uma série de danos psíquicos para as vítimas, como depressão, ansiedade e até suicídio”, declara o deputado. Fonte: Alô Alô Bahia*
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