Nova mesa diretora da ALBA é formada sem o PT entre os titulares

A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) anunciou, nesta segunda-feira (3), a composição da Mesa Diretora para o biênio 2025-2027, marcando um fato inédito na última década: o Partido dos Trabalhadores (PT) não terá representantes nos cargos titulares. O partido, que integra a base governista, ocupará apenas duas das cinco suplências, com os deputados Júnior Muniz e Fátima Nunes.

A definição resultou de um acordo entre os partidos aliados ao governador Jerônimo Rodrigues (PT). Para evitar disputas internas, o líder do governo na ALBA, deputado Rosemberg Pinto (PT), retirou sua candidatura à 1ª vice-presidência, abrindo caminho para um consenso em torno do deputado Ângelo Coronel Filho (PSD).

Essa exclusão do PT da composição titular remonta ao biênio 2015-2017, durante a presidência do então deputado Marcelo Nilo. A ausência do partido nos principais cargos significa uma perda de influência significativa dentro da Casa, incluindo o controle de cargos administrativos e a gestão de um gabinete extra.

A nova Mesa Diretora será liderada pelo atual presidente Adolfo Menezes (PSD), reeleito para mais um mandato. A composição ficou assim definida:

• Presidente: Adolfo Menezes (PSD)
• 1ª Vice-presidência: Ivana Bastos (PSD)
• 2ª Vice-presidência: Marquinho Viana (PV)
• 3ª Vice-presidência: Hassan Ioussef (PP)
• 4ª Vice-presidência: Laerte do Vando (Podemos)
• 1ª Secretaria: Samuel Júnior (Republicanos)
• 2ª Secretaria: Kátia Oliveira (União Brasil)
• 3ª Secretaria: Vitor Azevedo (PL)
• 4ª Secretaria: Fabrício Falcão (PCdoB)

O governador Jerônimo Rodrigues demonstrou apoio ao acordo entre os aliados, mas a ausência do PT nos cargos titulares da Mesa pode ser vista como um reflexo de um momento de reequilíbrio político dentro da ALBA. A manobra estratégica visa acomodar os interesses da base governista e reforçar a unidade em um momento crucial para a gestão estadual.

Apesar da redução de espaço na Mesa Diretora, o PT permanece com papel relevante no cenário político baiano, principalmente na articulação legislativa e no diálogo com os demais partidos aliados. No entanto, a exclusão da titularidade na Mesa representa um desafio estratégico para o partido, que precisará reafirmar sua influência em outras frentes dentro da Casa Legislativa.