Nikolas Ferreira protocola CPI para investigar IBGE: Ação visa apurar distorções nos dados públicos

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou, no fim do ano passado, a intenção de protocolar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O parlamentar tem como base acusações de que o instituto estaria manipulando dados para fins políticos, e não para representar a realidade do país.

Em entrevista à CNN na última quarta-feira (5), Nikolas reafirmou sua posição, destacando que conversará em breve com o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir a viabilidade da proposta. Segundo o deputado, a instalação da CPI depende do “apoio interno” da Casa, mas também do “aval” de Motta.

"Eu estou para conversar em breve com o novo presidente da Câmara, Hugo Motta, para poder, de fato, ver a viabilidade disso. […] Vou conversar com ele, pode ter certeza que, num futuro bem próximo, a gente vai conseguir as assinaturas necessárias para poder abrir essa CPI", afirmou Nikolas.

A CPI proposta tem como foco investigar possíveis distorções nos dados produzidos pelo IBGE, especialmente no período em que Marcio Pochmann presidiu o instituto. Nikolas argumenta que, sob sua gestão, os números foram usados “por questões políticas” e não para retratar a realidade do país, como seria sua função primordial.

"O IBGE foi, durante a gestão do Marcio Pochmann, utilizado para mostrar dados que favoreciam certos discursos, e não para apresentar um extrato fiel da realidade", afirmou o deputado, ressaltando que o movimento em prol da CPI tem ganhado uma "adesão muito grande" entre seus colegas parlamentares. Nikolas acredita que, em breve, conseguirá reunir as assinaturas necessárias para dar andamento à instalação da comissão.

Para que uma CPI seja instalada, é necessário o apoio de, pelo menos, um terço dos deputados e senadores, o que representa um total de 171 deputados e 27 senadores. Nikolas Ferreira está confiante de que esse número será alcançado em breve, o que permitirá que a investigação sobre o IBGE seja oficialmente iniciada.

A proposta gerou controvérsias, com críticos apontando que a CPI poderia ser usada como uma forma de questionar dados oficiais com fins ideológicos. Contudo, para o deputado, a investigação é um passo necessário para garantir que os números publicados pelo IBGE reflitam a realidade do Brasil de forma imparcial e sem influências externas.

O desdobramento dessa proposta será acompanhado de perto, já que o debate sobre a precisão e a imparcialidade dos dados do IBGE segue sendo um tema relevante no cenário político e social do país.