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Política
Entre as principais preocupações estão a possibilidade de manutenção de juros elevados por um período prolongado
Por: Camaçari Notícias
Foto: Reprodução
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está elaborando um relatório de riscos para orientar decisões estratégicas diante das recentes políticas comerciais anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Entre as principais preocupações estão a possibilidade de manutenção de juros elevados por um período prolongado e a perda de participação do Brasil no comércio global.
Impacto nas taxas de juros e inflação
As políticas tarifárias de Trump, incluindo a imposição de tarifas de 25% sobre tarifas de aço e alumínio, podem pressionar a inflação nos EUA, levando o Federal Reserve (Fed) a manter taxas de juros mais altas por mais tempo. Essa postura pode fortalecer o dólar, afetando a taxa de câmbio de países emergentes como o Brasil. Para manter um atrativo diferencial, o Banco Central do Brasil poderia ser obrigado a seguir o mesmo caminho, mantendo ou elevando a taxa Selic, atualmente em 13,25% ao ano. Analistas já expressaram preocupações sobre a expansão do Banco Central em controlar a inflação, especialmente diante de um cenário internacional adverso.
Riscos ao comércio exterior brasileiro
O protecionismo comercial dos EUA pode resultar em acordos bilaterais que excluam o Brasil, como possíveis negociações entre os EUA e a China para expandir a venda de grãos ao mercado asiático. Esses acordos poderiam reduzir a fatia do Brasil no mercado chinês, impactando as exportações do agronegócio brasileiro. Além disso, setores como etanol, aço e alumínio estão no radar, dado o volume significativo de exportações brasileiras desses produtos para os EUA. Em 2024, as exportações de etanol do Brasil para os EUA somaram US$ 181,8 milhões, posicionando os americanos como um dos principais destinos do produto brasileiro.
Estratégias de negociação e equilíbrio comercial
Apesar dos desafios, o governo brasileiro identifica oportunidades para negociar com os EUA. Historicamente, os EUA têm mantido um superávit na balança comercial com o Brasil. Entre 2014 e 2023, os EUA acumularam um superávit de US$ 263,1 bilhões no comércio de bens e serviços com o Brasil. Esse desequilíbrio pode servir como argumento nas negociações, especialmente na discussão sobre reciprocidade tarifária. Dados indicam que, embora a tarifa média nominal brasileira para o mundo seja de 12,4%, a tarifa média efetiva sobre as importações dos EUA é de 2,7%, refletindo a alta participação de produtos americanos com alíquota zero nas proximidades brasileiras.
Considerações ambientais e geopolíticas
Na esfera ambiental, a administração Lula avalia que o processo global de descarbonização é irreversível. A postura antiambiental dos EUA sob a liderança de Trump pode retardar esse movimento, mas também abrir espaço para que outros países, como a China, assumam uma liderança na transição verde. O Brasil, com seu potencial em energias renováveis, especialmente em projetos de energia eólica, pode se posicionar como líder em tecnologias sustentáveis ??e atrair investimentos estrangeiros nesse setor.
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