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Jaques Wagner se opõe a anistia para golpistas de 8 de janeiro: “Sou contra em qualquer hipótese”
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Senador critica pressão das redes sociais sobre parlamentares e considera "pirada" a classe política que cogita aprovar a proposta.
Por: Camaçari Notícias
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado
Em entrevista ao Valor Econômico publicada nesta segunda-feira (14), o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), declarou ser totalmente contrário ao projeto de anistia que visa beneficiar os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas.
“Comigo não tem acordo, eu sou contra o projeto da anistia em qualquer hipótese”, afirmou o senador. Para Wagner, os atos representaram a maior ameaça à democracia brasileira desde o fim da ditadura militar, em 1985. “Depredaram três Casas aqui [na Praça dos Três Poderes], símbolos da democracia”, disse.
O senador também rebateu qualquer motivação eleitoral por trás de sua posição, ainda que tenha reconhecido que uma eventual candidatura de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos possa influenciar o movimento bolsonarista. Segundo ele, caso Jair Bolsonaro dispute as eleições de 2026, será “o mais fraco” entre os nomes da oposição.
Wagner criticou a adesão de 146 deputados da base governista ao pedido de urgência para a tramitação da proposta de anistia, atribuindo o movimento à pressão das redes sociais. “Isso tem a ver com isso aqui, uma gente que é escrava da rede social, que ouviu ‘assine, assine, assine’”, afirmou, mostrando o celular ao repórter.
O senador também questionou o pragmatismo de parlamentares em torno da liberação de emendas. “Os deputados se movimentam em torno do governo ou das emendas? Esse que é o problema. Alguns têm mais de R$ 80 milhões [em emendas parlamentares]”, criticou, alegando que há uma percepção generalizada de que esses recursos são “direitos adquiridos”.
Jaques Wagner ainda rejeitou comparações entre a proposta atual de anistia e a Lei da Anistia de 1979, que marcou o fim da repressão durante a ditadura. “Vivíamos na ausência da democracia. Terminava uma página da história brasileira. Agora, o que foi que virou na página? A única coisa que virou é que a gente conseguiu impedir um golpe”, afirmou. Ele também mencionou que havia planos dos golpistas de assassinar autoridades como o presidente da República, o presidente do TSE e o vice-presidente.
Para o senador, a eventual aprovação da proposta no Congresso seria um grave erro. “Se o Congresso aprovar a anistia, a classe política pirou”, concluiu.
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