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<b>Caetano: bancos não podem ficar imunes ao ajuste fiscal</b>

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Caetano: bancos não podem ficar imunes ao ajuste fiscal

Por CN com Assessoria de Comunicação

O deputado Caetano (PT-BA) afirmou que o sistema financeiro é o único setor da sociedade que continua imune aos sacrifícios que o ajuste fiscal impõe à sociedade. “Recursos que faltam à educação, infraestrutura, saneamento, saúde, mobilidade e segurança são reservados no Orçamento da União para o pagamento de juros da dívida. É claro que devemos combater a inflação, mas, ao optar pelos juros altos, o Banco Central acaba alimentando uma ciranda financeira e gerando o paraíso dos bancos, com os juros mais generosos do mundo”, disse.

Na opinião do parlamentar, a sociedade européia conhece esta mazela com o nome de austeridade, mas o que unem as crises fabricadas em todos os continentes são as constantes reformas que nada produzem para as sociedades atingidas, sobretudo os trabalhadores, a partir de um padrão único de baixo crescimento, com políticas sociais e econômicas subordinadas às lógicas dos mercados financeiros globalizados com seus ataques especulativos e a redução dos Estados nacionais ao papel de coadjuvantes do mercado de capitais. “Esta conta não é da sociedade brasileira. Mas está sendo paga pela sociedade brasileira”, defendeu.

Caetano entende que a discussão mais importante no momento é exatamente sobre o projeto de desenvolvimento para o país, mas esse debate é obstaculizado pela ditadura do pensamento liberal que se subordina aos detentores do poder econômico.

“Não há possibilidade de sairmos da crise sem que o Brasil reveja a política de isenções fiscais e a permissividade na sonegação de impostos.  Ao mesmo tempo, a realidade reclama a elaboração de uma Reforma Tributária de verdade, com justiça fiscal, fortalecendo e democratizando o Pacto Federativo, com especial destaque ao papel dos municípios, sobretudo na autonomia de execução das políticas publicas, atribuindo-lhes maior capacidade de planejamento e gestão pública local”, ressaltou.

O parlamentar avalia que o famoso ajuste fiscal encontra na queda de arrecadação forte adversária. “A elevação dos juros da dívida pública acaba prejudicando os esforços do próprio ajuste, aumentando o déficit nominal e resulta no próprio crescimento da dívida, hoje em 62,5% do PIB”, criticou. Ele, por fm, acredita que o ajuste fiscal tem caráter recessivo e produz desvalorização do salário real, ampliação do desemprego, tudo em nome do controle da inflação para justificar o receituário neoliberal de desconstrução do modelo de inclusão social e desenvolvimento sustentável, conquistado com muito esforço nos últimos anos.

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