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CPI vai investigar navio que afundou com 5 mil bois no Pará

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CPI vai investigar navio que afundou com 5 mil bois no Pará

Por: Sites da Web

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga maus-tratos a animais realiza nesta sexta-feira (16/10) uma diligência na cidade de Barcarena, no Pará, para verificar as causas e consequências do naufrágio de um navio com cinco mil bois vivos.
O navio cargueiro “Haidar”, de bandeira libanesa, afundou na terça-feira (6/10), no porto de Vila do Conde, provocando a morte dos animais, que seriam levados para a Venezuela, e vazamento de óleo, o que contaminou as águas.
A diligência foi solicitada pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA). Segundo ele, cerca de 10% dos animais que embarcam no Brasil não conseguem chegar ao destino.
“A embarcação inadequada e desumana dos animais é extremamente lucrativa, com consequências graves, penas relativamente pequenas e poucos processos instaurados”, ressalta Jordy.


Uma das questões que o parlamentar considera importante a comissão verificar é se o navio transportaria uma carga maior do que suportado, o que pode ter gerado a perda do centro de sustentação.
Além da visita aos locais afetados pelo naufrágio, os parlamentares devem se reunir com representantes da Delegacia do Meio Ambiente do Pará (Dema); do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Pará; da Companhia das Docas do Pará; e do Fórum de Defesa Animal do Pará.
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que também estará em Barcarena para discutir questões ambientais, deve participar da audiência.


Prefeito decreta estado de emergência por contaminação ambiental
O prefeito da cidade de Barcarena, Antônio Carlos Vilaça, decretou situação de emergência na quarta-feira (14/10) nas áreas afetadas pelo acidente com o navio que transportava 5 mil bois, ocorrido na semana passada.
A prefeitura considera esse o pior desastre ambiental da história do município. Entre os atingidos, estão ribeirinhos que sobrevivem da pesca e usam a água do rio que agora está contaminada pelo óleo derramado e pelos animais mortos.
O decreto da prefeitura autoriza a convocação de voluntários para reforçar as ações de limpeza e a Defesa Civil a entrar nas moradias para prestar socorro aos moradores ou determinar a retirada deles, em caso de risco.

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semas) já fez uma primeira notificação. O órgão cobra agilidade da Companhia das Docas, responsável pelo porto onde houve o acidente, e das empresas responsáveis pelo navio naufragado, para fazer a retirada da carga que ainda está no rio.

O secretário de Meio Ambiente do Pará, Luiz Fernando Rocha, informou que a empresa contratada para fazer a limpeza do acidente na cidade pediu autorização para enterrar os animais ao invés de incinerá-los.

Em nota, a Empresa Minerva Foods, responsável pelos animais, informou que aguarda as apurações oficiais das autoridades portuárias sobre as causas do acidente. Ressaltou ainda que, após o embarque do gado, a responsabilidade pela carga é da empresa de transporte marítimo contratada.

A companhia também destacou que uma equipe foi deslocada para Barcarena, a fim de auxiliar as autoridades em todas as medidas necessárias para diminuir os efeitos dos danos causados.

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