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Depoimento do ministro da Educação está mantido, e falta será 'chamamento' para CPI do MEC, diz senador

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Depoimento do ministro da Educação está mantido, e falta será 'chamamento' para CPI do MEC, diz senador

Oposição se mobiliza para investigar influência de pastores na pasta.

Por G1

O presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, Marcelo Castro (MDB-PI), disse nesta terça-feira (29) esperar que o agora ex-ministro da Educação Milton Ribeiro mantenha o compromisso de comparecer à audiência pública marcada para quinta-feira (31).

Segundo Castro, uma eventual ausência de Ribeiro pode levar à instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as suspeitas sobre a atuação de pastores no ministério e de cobrança de propina para liberação de verbas da pasta.

Ribeiro foi exonerado do Ministério da Educação na segunda (29), uma semana após revelação pelo jornal "Folha de S.Paulo" de uma gravação na qual o ministro diz repassar verbas do ministério para municípios indicados por dois pastores a pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Na semana passada, após a divulgação do áudio e antes de ser exonerado, Ribeiro se colocou à disposição para ser ouvido pela Comissão de Educação do Senado.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado, iniciou a coleta de assinaturas para criar uma comissão destinada a investigar o caso.

“Da nossa parte, está mantida a audiência pública. Acredito que seja do interesse dele (Ribeiro) ir, mais do que de qualquer outra pessoa", disse Castro, em entrevista.

Segundo o senador, a ausência do ex-ministro na audiência de quinta "vai ser um chamamento para uma CPI."

"Quando surgiram os boatos e disseram que iriam convocá-lo, ele ligou dizendo que estava à disposição. No dia da reunião, mandou o ofício se prontificando. Estou certo de que nada se alterou e que quinta de manhã ele estará dando os devidos esclarecimentos”, continuou Castro.

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