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Maternidade Regional de Camaçari alerta para gravidez na adolescência

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Maternidade Regional de Camaçari alerta para gravidez na adolescência

Atividades de conscientização serão realizadas durante toda a semana

Por: CN com Assessoria de Comunicação

Foto: Divulgação

Islane Santos, 18 anos, durante visita de vinculação na MRC

Responsável por partos de alta complexidade (alto risco), a Maternidade Regional de Camaçari (MRC), unidade da Secretaria Saúde do Estado, gerida pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS), realiza neste mês de fevereiro, em que se registra a partir do dia 1º, a semana nacional de alerta sobre a gravidez na adolescência, uma série de atividades para chamar a atenção para o problema.

De acordo com o banco de dados sobre nascidos vivos de 2023, produzido pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), a Bahia apresentou percentual de 13,5% de mães adolescentes, com mais de 22 mil mulheres entre 10 e 19 anos que tiveram filhos. Dentre os 575 nascidos vivos na Maternidade Regional de Camaçari, 23 bebês – o equivalente a 4% - foram nascidos de mães entre 10 e 14 anos.

Conscientização

Dados oficiais do Sistema Nacional de Nascidos Vivos (Sinasc/Datasus) demonstram que o Estado da Bahia vem apresentando tendência de queda no percentual de mães adolescentes. Em 2018 foram 36.500 nascidos vivos de mulheres até 19 anos – cerca de 18% - e em 2023 pouco mais de 22 mil recém-nascidos, o equivalente a 13,5% nesta faixa etária. Para a diretora geral da MRC, Aline Costa, os dados comprovam que ações de prevenção e planejamento reprodutivo vêm sendo estabelecidas para a população.

Nesse sentido, a Maternidade Regional de Camaçari realiza nesta Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, com início no dia 1º de fevereiro, ações visando levar informações a adolescentes sobre como prevenir a gravidez, de modo a contribuir para a redução dos danos.

“Sabemos que a gravidez na adolescência requer atenção especial aos riscos físicos, psíquicos e sociais, e somente um esforço conjunto da sociedade aumentando a informação e conscientização em semanas como esta que se inicia, serão capazes de trazer efeitos concretos”, lembra Costa.

Como membro do Grupo Técnico Rede Cegonha, coordenado pelo município de Camaçari, Costa lembra que a MRC tem atuado em parceria com diversos serviços de saúde, objetivando debater o tema da gravidez na adolescência. Visa, assim, ampliar a discussão sobre o planejamento reprodutivo e acesso a métodos contraceptivos, além de outras temáticas ligadas à atenção básica e à alta complexidade.

Por outro lado, a maternidade também mantém parceria com o Conselho Tutelar para registro e acompanhamento de todos os casos de gestação entre 10 e 19 anos, cujos casos alcança na MRC o percentual de 12,8%. E iniciou parceria junto à Secretaria Estadual de Educação para construir ações integradas.

Números preocupam

Embora aparentemente pequeno, esses números são preocupantes, uma vez que, conforme a diretora médica da MRC, Ednaide Silva, na faixa entre 10 e 14 anos as gestantes adolescentes estão mais suscetíveis a alguns agravos. “Nesta faixa etária são comuns em gravidezes de alto risco doenças como anemia, hipertensão durante a gestação e podem surgir problemas como pré-eclâmpsia e eclâmpsia e o ocasionamento de partos prematuros, dentre outros problemas gestacionais”, diz.

Além deste quadro, a diretora médica da maternidade acrescenta que é muito comum o abandono escolar por parte das adolescentes grávidas. “Em sua maioria, são meninas de uma condição social mais vulnerável, que por problemas diversos durante a gravidez, terminam por abandonar os estudos nessa fase importante da vida, a adolescência”.

Cuidados

Para as gestantes entre 10 e 19 anos há na própria maternidade cuidado multiprofissional, em especial no acolhimento às suas dúvidas e angústias, na orientação sobre métodos contraceptivos de longa duração como o DIU de Cobre. Este dispositivo é ofertado a todas as mulheres que demonstrem interesse, no pós-parto e pós-aborto espontâneo. “A ação preventiva de reincidência da gravidez, com a disponibilização de métodos contraceptivos é especialmente desenvolvida pela atenção básica e é de forma responsável que a maternidade também atua neste objetivo”, afirma a diretora, Aline Costa.

Outra ação garantida é a presença de acompanhante de livre escolha, durante todo o tempo em que a adolescente permanece na unidade. Diferente das mulheres adultas, as adolescentes permanecem com acompanhante de livre escolha, mesmo após a sua alta, nas situações às quais o bebê por algum motivo permanece internado.

“Como parte da Rede Cegonha, a Maternidade Regional de Camaçari trabalha objetivando os princípios da humanização do parto e nascimento, com práticas baseadas em evidências científicas que assegurem o melhor cuidado à saúde da mãe e da criança”, Observa Costa.

AGENDA

02/02 (10 h) – Visita de Vinculação: foco nos temas Prevenção da Gravidez na Adolescência e Planejamento Reprodutivo pela Equipe do Ambulatório MRC;

06/02 (14h) – Bate papo com as mães adolescentes internadas e equipe de enfermagem sobre a prevenção da gravidez na adolescência;

07/02 (10 h) – Roda de Conversa multidisciplinar sobre “Diversidade, Adolescência e direitos sexuais e reprodutivos: o que temos a ver com isso? Equipes de Enfermagem, Médica, Psicologia e Serviço Social;

09/02 (14h) – Roda de Conversa com equipes da Atenção Primária, em parceria com Atendimento Psicossocial da Secretaria Municipal de Saúde de Camaçari 22/02 – Participação da reunião do Grupo de Trabalho Intersetorial Saúde e Educação de Camaçari: planejamento de ações nas escolas e apoio à rede de atenção básica.

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