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Trabalhadores resgatados da BYD devem embarcar para a China em janeiro

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Trabalhadores resgatados da BYD devem embarcar para a China em janeiro

Os 163 trabalhadores chineses foram resgados de alojamentos de empresa terceirizada em Camaçari.

Por: Camaçari Notícias

Foto: Reprodução/EFE/MPT

Sete dos 163 operários resgatados de condições análogas à escravidão na fábrica da BYD, em Camaçari, retornarão à China em 1º de janeiro, com passagens e ajuda de custo de US$ 120 pagos pela montadora. Enquanto aguardam a rescisão de seus contratos, os trabalhadores ficam hospedados em hotéis da região. As medidas foram decididas após audiência com o Ministério Público e outros órgãos, que acompanharão a situação.

A empreiteira Jinjiang, responsável pela obra, também providenciará os documentos necessários, como o Registro Nacional Migratório (RNM) e CPF, para que os pagamentos de rescisão e indenização sejam feitos. A BYD rompeu o contrato com a Jinjiang, que nega as acusações de condições degradantes. A empresa alegou problemas de tradução e diferenças culturais. A investigação apontou superlotação nos alojamentos e condições precárias de higiene.

Uma nova audiência está agendada para 7 de janeiro.

MPT afirma que trabalhadores chineses resgatados em obra da BYD foram vítimas de tráfico internacional de pessoas

Os operários resgatados foram identificados como vítimas de tráfico internacional de pessoas, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT). A informação foi divulgada nessa quinta-feira (26), após uma audiência virtual entre representantes das empresas envolvidas e órgãos públicos.

Embora as empresas tenham questionado a avaliação feita pelas autoridades, elas se comprometeram a colaborar com a proteção dos trabalhadores resgatados, conforme informou o MPT.

O Ministério Público Federal (MPF) pediu o compartilhamento das provas para a adoção das medidas necessárias. As empresas se comprometeram a fornecer ao MPT todos os documentos dos trabalhadores resgatados e informações sobre seus alojamentos. A Defensoria Pública da União (DPU) também negocia com a Receita Federal para que as empresas encaminhem os trabalhadores para a emissão de CPF, essencial para o pagamento das rescisões e indenizações no Brasil.

Leia também: Força-tarefa resgata 163 operários chineses em condições análogas à escravidão em Camaçari

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