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Camaçari
Os convidados compartilharam suas trajetórias na música e discutiram a necessidade de adaptação para sobreviver no cenário musical atual
Por: Camaçari Notícias
Foto: Camaçari Notícias
O CNCAST, programa do Camaçari Notícias, recebeu na última quarta-feira (19) os cantores Elly Nascimento e Bimbinho Simpa para um debate sobre os 40 anos do axé, abordando as mudanças no mercado, a renovação do gênero e os desafios enfrentados pelos artistas baianos.
Com a mediação de Gisa de Souza, os convidados compartilharam suas trajetórias na música e discutiram a necessidade de adaptação para sobreviver no cenário musical atual. O episódio trouxe reflexões sobre a falta de investimento em novos talentos, o impacto da comunicação na promoção de eventos e o declínio dos blocos tradicionais no Carnaval.
A falta de renovação do axé e a ascensão de outros ritmos
O axé, que dominou os Carnavais nas décadas de 1980 e 1990, perdeu espaço para gêneros como o sertanejo e o forró. Durante a conversa, os artistas destacaram como o mercado sertanejo investe na descoberta de novos talentos, garantindo a continuidade do ritmo, enquanto o axé não conseguiu manter essa estratégia de renovação.
Elly Nascimento, que já participou de seleções do The Voice Brasil, relatou a dificuldade de artistas baianos em conquistar espaço na grande mídia e destacou a importância da adaptação musical para sobreviver no mercado. "O axé parou no tempo. Enquanto o sertanejo lança novos nomes o tempo todo, o axé continua dependendo dos mesmos artistas há décadas. Precisamos de renovação".
Já Bimbinho Simpa, que tem uma trajetória marcada por diversos estilos musicais, destacou a importância de explorar novas sonoridades para manter o axé relevante. "A música precisa evoluir. O pagode, por exemplo, vem ocupando um espaço que antes era do axé, porque pode se reinventar e acompanhar as novas tendências".
A polêmica Claudia Leitte e o respeito à cultura baiana
Outro tema abordado foi a decisão de Claudia Leitte de alterar letras de músicas tradicionais do axé por motivos religiosos. Os convidados questionaram se essa mudança desrespeita a obra original e a identidade cultural da Bahia.
"Se uma pessoa não quer cantar determinada música por conta de sua crença, que simplesmente não a cante, mas mudar a letra desrespeita a história da canção" – afirmou Bimbinho Simpa.
Carnaval e a comunicação: o impacto da mídia na divulgação de eventos
Os convidados também analisaram a mudança na forma como os eventos são promovidos. Antigamente, o marketing de shows incluía rádio, jornal impresso e carros de som, enquanto hoje as redes sociais são a principal ferramenta de divulgação.
Para Elly Nascimento, essa mudança restringe o alcance dos eventos. "Tem gente que não usa redes sociais ou simplesmente não segue o artista. Como essa pessoa vai saber do evento? Antes, a divulgação era mais ampla e atingia mais gente".
Além disso, o debate sobre o declínio dos blocos pagos no Carnaval de Salvador e a ascensão dos blocos sem cordas, uma iniciativa que trouxe o povo de volta para a festa e democratizou o acesso aos grandes trios elétricos.
O futuro do axé: há esperança para o gênero?
Apesar dos desafios, os artistas apresentaram otimismo e fortaleceram a necessidade de investir em novos talentos, diversificar os estilos dentro do axé e explorar novas estratégias de divulgação para fortalecer o gênero.
O episódio do CNCAST reforçou a importância de debater a identidade da música baiana e de incentivar o surgimento de novos artistas para manter vivo o legado do axé .
Perdeu esse episódio? Assista agora e participe do debate! O que você acha que falta para o axé voltar a ser o ritmo dominante do Carnaval?
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