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Camaçari
Por CN com Assessoria de Comunicação
O Instituto Médico Legal – IML –identificou por meio do processo de necropapiloscopia (impressão digital) mais uma vítima do incêndio da farmácia pague Menos, trata-se de Tatiane Ribeiro Mendes, 34 anos que já teve o corpo liberado pela família, na tarde de ontem (24). Os outros corpos deverão ser identificados pelo mesmo processo quando for possível recuperar as digitais ou por meio de exames de DNA. Ela é a segunda funcionária da farmácia identificada, a primeira foi Cristiana do Nascimento hoje pela manhã. Segundo informações Tatiane estava almoçando no mezanino na hora do incendio.
As causas da explosão, seguida de desabamento e incêndio, de uma farmácia no Centro de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), ainda são investigadas. A informação é de representantes das polícias Civil e Militar, Bombeiros e Departamento de Polícia Técnica (DPT) prestada durante coletiva à imprensa, na sede da PC, na Piedade. O acidente provocou a morte de nove pessoas, entre elas, Tatiane Ribeiro Mendes, 34 anos e deixou outras 14 feridas.
A delegada Thaís Siqueira, titular da 18ª Delegacia Territorial (DT/Camaçari), que instaurou um inquérito para apurar as causas do acidente, disse aos jornalistas que uma empregada do estabelecimento foi ouvida na manhã de hoje (24) e deu informações detalhadas sobre os minutos que antecederam a explosão, ocorrida durante uma obra, realizada há pelo menos 30 dias, no mezanino da farmácia.
Segundo a delegada, a testemunha disse que almoçava no andar superior do prédio com outros três colegas enquanto operários trabalhavam no local. Segundos depois de deixar o mezanino, para assumir o caixa da loja, onde pelo menos 12 pessoas aguardavam na fila para serem atendidas, a mulher ouviu a explosão e viu parte da estrutura desabando e o fogo se alastrando pelo local. Mais testemunhas serão ouvidas, incluindo proprietários do imóvel e representantes da farmácia.
Uma guarnição da Polícia Militar, que realizava rondas nas imediações da farmácia, foi a primeira a chegar e isolou o local. “Duas vítimas foram socorridas pelos policiais, mas tivemos que acionar o Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) para socorrer vítimas mais graves, levando-as para Salvador”, narrou o coronel PM Henrique Melo, comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM/Camaçari).
Os bombeiros foram chamados e chegaram em quatro minutos, dando início ao resgate das vítimas. De acordo com o major BM Lanusse Araújo, comandante do 10º Grupamento de Bombeiros Militares (GBM), seis pessoas foram retiradas com vida do local. Depois de extinguirem o fogo, os bombeiros começaram a realizar buscas pelas vítimas, com o auxílio de cães farejadores. O trabalho só foi encerrado às 5 horas da manhã desta quinta (24).
Às 13h, o prédio, cuja estrutura ficou completamente comprometida e precisou ser escorada pelos bombeiros, foi liberado para a Defesa Civil. O major esclarece que não houve nenhuma intercorrência quanto ao abastecimento de água para combater o incêndio no local. “A complexidade da ocorrência foi muito maior devido ao desabamento da estrutura do que pelo combate ao fogo”, salientou, acrescentando que quatro carros-pipa permaneceram no local como apoio.
Os peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), supervisionados pelo Coordenador de Engenharia Legal do Instituto de Criminalística Afrânio Peixoto, perito criminal Eduardo Rodamilans, trabalharam durante toda a madrugada no local recolhendo vestígios que ajudem a elucidar o ocorrido. “O trabalho da perícia ainda não terminou. Retornaremos ao local nos próximos dias. Mas já foi possível determinar que houve uma explosão seguida de incêndio e de desabamento”, enfatizou.
Já o diretor do Instituto Médico Legal (IML), o perito médico legal Mário Câmara, informou que até o momento sete dos nove corpos levados ao IML são do sexo feminino. O oitavo não pode ter o sexo determinado e um ainda não havia sido examinado. “Todos estão muito danificados pelo fogo e apresentavam sinais de traumas internos e externos provocados pela explosão ou por objeto contuso”, explicou.
O perito alertou que a identificação das vítimas não deve ser um processo rápido.
Fonte: Ascom/ Alberto Maraux
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