Botafogo x Vitória: Onde assistir e prováveis escalações
Publicado em
Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies
Camaçari
.
Por Camaçari Notícias
Familiares de um idoso de 80 anos procuraram o Camaçari Notícias para denunciar o atendimento no Hospital Geral de Camaçari (HGC). A filha do idoso, Vania Soares, que é moradora de Camaçari, relata que seu pai foi tratado com descaso desde que deu entrada na unidade e que ações e informações de médicos fizeram a família acreditar na morte do idoso. O nome do paciente e de familiares será preservado a pedido da família.
Tudo começou no dia 22 de julho deste ano, por volta das 19h, quando o idoso deu entrada no HCG após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Em estado grave, o idoso se deparou com a primeira barreira: a regulação. “Fizeram a tomografia no meu pai, com ajuda do médico do SAMU pois, a médica de plantão não foi encontrada no momento da entrada do paciente, onde foi diagnosticado um AVC hemorrágico de grande expansão, porém o coordenador da emergência disse que não faria a internação dele, pois não tinha nenhum ponto de oxigênio disponível no hospital”, conta a filha do idoso.
Segundo ela, o médico do SAMU, insistiu que o estado do idoso era muito grave e que ele teria que ser internado e regulado, porém, a internação foi negada pelo coordenador da emergência do HGC e o idoso foi levado pelo SAMU para Salvador. Como estava sem o documento de regulação, apenas com um relatório assinado pela medica plantonista (encontrada posteriormente), o paciente não foi aceito em nenhuma unidade hospitalar com alegação de que seu nome não estava na Tela de Regulação, e foi trazido de volta para Camaçari. Por volta das 3h30 da madrugada do dia 23, o idoso foi internado no HGC, após comunicação entre a coordenação do SAMU e a coordenação da emergência do hospital.
No dia 24, após uma piora no quadro de saúde, o idoso foi levado para a ‘sala vermelha’ em estado de coma, sendo então entubado. Aí começou o período mais difícil para os familiares que acompanhavam o idoso de perto. De acordo com relatos de Vania, domingo, dia 28, foi aberto um protocolo em três etapas para confirmar a morte encefálica no paciente.
A família conta que nos dois primeiros testes, o médico informou que o idoso não apresentou sinais vitais, confirmando a morte encefálica. “Informaram que só faltava fechar o protocolo para liberar o corpo e que seria feito por um neurologista. A médica chegou escrever no prontuário que meu pai estava morto, ela nos afirmou que ele havia morrido e ainda nos deu palavras de conforto e apoio”.
Nesse mesmo dia, o médico clínico, informou a família que fecharia o protocolo de morte encefálica, mas, precisava aguardar as 24 horas desde a sua abertura. Nesse momento, os familiares contam que já começaram a comunicar a família, que é do interior, e a providenciar o serviço funerário, porém o suplício só estava começando.
Um terceiro médico, neurologista, disse mais tarde á família que teria ainda um exame a ser feito, o de gasometria, porém o aparelho do hospital (Gasômetro) estava quebrado, mas, que não havia protocolo aberto para morte encefálica. O mesmo médico que disse no dia anterior que fecharia o protocolo, esteve no leito do paciente pela manhã e disseque iria abrir o protocolo, deixando os familiares sem entender as contradições na comunicação (havia morrido ou não?). A família procurou, então a direção do hospital, que segundo ela, foi bastante solícita, e prometeu avaliar o caso.
Antes de chegar à direção do hospital, a família foi levada até o responsável pela Central de Doação de Órgãos do hospital, solicitando ajuda e esclarecimentos sobre a situação. Este Senhor foi bastante insensível, frio, e grosseiro, ele informou que o procedimento passado pelos médicos para morte encefálica, estava errado e quando cobrado sobre uma resposta concreta, chegou a dizer: “tragam um médico de confiança de vocês para avalia seu pai, prestem atenção: eu estou abrindo os olhos de vocês, procurem a imprensa, a delegacia, o Ministério Público...”, deixando a família, ainda sem resposta.
Já no dia 30 de julho, o médico que afirmou que fecharia o protocolo teria voltado ao leito do paciente juntamente com o responsável pela Central de Doação de Órgãos, conversaram entre si, e teve uma atitude que deixou os familiares em choque. “O médico disse pra gente que tinha retirados os medicamentos do meu pai e diminuído o oxigênio para 21%, ele fez isso na nossa frente. Quando perguntamos o que aconteceria, ele disse que o coração do meu pai ia parar de bater aos poucos e que ele ‘ia por si só...’. E que naquela mesma tarde, ele nos daria o atestado de óbito”, afirma a filha do idoso, Vania.
Desesperados, os familiares relataram o fato aos diretores do HGC que, segundo eles, ficaram muito nervosos e foram até o leito do paciente, constatando que as máquinas que o mantinham instável (e vivo) haviam sido desligadas. “O diretor mandou as enfermeiras ligarem os aparelhos e retomar a medicação do paciente e disseram que o médico não deveria ter feito isso e que ele seria responsabilizado”. No dia seguinte, 31 de julho, o paciente veio a óbito as 9h15 da manhã.
A família registrou um boletim de ocorrência na 18ª Delegacia Territorial de Camaçari e procurou também o Ministério Público para denunciar o caso. “Sabemos que isso não vai trazer o nosso pai de volta, mas queremos evitar que outras famílias passem pelo que nós passamos. Meu pai morreu duas vezes”, desabafou Vania, muito emocionada.
Publicado em
Publicado em
Publicado em
Publicado em
Camaçari
02/05/2024 10:50
Camaçari
02/05/2024 09:20
Camaçari
30/04/2024 16:30
Camaçari
30/04/2024 15:00