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Salvador
No terceiro dia do júri serão ouvidos os dois pastores que são réus no processo.
Por: G1
Tuane Sande é advogada de acusação no caso Lucas Terra — Foto: Reprodução / TV Bahia
A advogada de acusação no caso Lucas Terra, adolescente que foi queimado vivo e teve o corpo abandonado em um terreno baldio da capital baiana em 2001, diz que foram encontradas contradições no depoimento da esposa de um dos réus no caso, o pastor Fernando Aparecido da Silva. Além dele, é réu o também pastor Joel Miranda.
Nesta quinta-feira (27), os dois serão ouvidos no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador.
De acordo com a advogada Tuane Sande, as contradições foram identificadas quando a esposa de Fernando Aparecido da Silva teria dito que havia encontrado com Lucas Terra em Copacana, no Rio de Janeiro. Entretanto, nos autos do processo, constam que ela não se lembrava se já tinha tido contato com o adolescente.
O depoimento da esposa do réu chamou atenção da acusação por ela ser uma das poucas testemunhas de defesa a afirmar que conhecia Lucas Terra. As demais testemunhas da defesa não têm sido alvo de questionamentos justamente por afirmarem que sequer conheciam a vítima.
"As testemunhas que foram arroladas pela defesa, em geral, são testemunhas que estão ali para averiguar a moralidade. Se eles têm conduta ilibada e se são pessoas positivas e boas. Eles não estavam no momento do fato", comentou a advogada.
O júri
O terceiro dia de julgamento do caso Lucas Terra começou com mais de uma hora de atraso nesta quinta-feira (27), em Salvador, por volta das 9h15.
Os dois pastores são julgados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Os três agravantes para o homicídio são: o motivo torpe, o emprego do meio cruel e a impossibilidade de defesa da vítima.
Além deles, o pastor Silvio Galiza foi acusado de envolvimento no homicídio. Ele foi preso em 2004 e está em liberdade condicional.
O resultado do julgamento pode ser deferido ainda na quinta, um dia antes do previsto. Ao final dos debates, o júri popular vota e decide pela condenação ou absolvição dos réus.
Na terça-feira (25), antes do início do júri, a defesa dos pastores disse estar convicta da inocência deles. Em nota, a defesa afirmou que não há provas ou indícios contra os dois religiosos.
Durante o júri, ao ser procurada pela equipe de reportagem da TV Bahia, a defesa informou que só irá se pronunciar ao final do julgamento.
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