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Salvador
A mulher foi presa em flagrante após dizer xingamentos racistas.
Por Sites da Web
Confusão aconteceu no PAC. Crédito: Reprodução
A mulher acusada de injúria racial após proferir xingamentos de cunho racista na Universidade Federal da Bahia (Ufba) responderá ao crime em liberdade. A Justiça determinou a soltura na manhã desta quinta-feira (21) após a suspeita passar por audiência de custódia. A informação é do Jornal Correio*
A liberdade provisória foi posta junto com medidas cautelares. São elas: recolhimento domiciliar noturno, das 20h às 06h, e proibição de contato ou aproximação das vítimas, devendo guardar uma distâncias mínima de 50 metros.
Ela também deve comparecer a todos os atos processuais e manter endereço atualizado, sem se ausentar do distrito da culpa, sem prévia autorização judicial, manter o comparecimento bimestral em Juízo da instrução pelo período de um ano, além de estar presente, dentro do período de 5 dias, no Juízo para o qual for distribuído o presente auto de prisão em flagrante, levando a decisão para as devidas orientações.
Mulher teria dito que "preto só serve para vender maconha"
Depoimentos dão conta de que, logo após um desentendimento na fila do restaurante universitário (RU), a suspeita proferiu ofensas de cunho racista e agrediu fisicamente alguns estudantes. A confusão aconteceu no Pavilhão de Aulas do Canela (PAC).
A briga entre alunos começou por conta de alimentação, mas acabou descambando para agressões físicas e teve ainda xingamentos racistas e transfóbicos, segundo testemunhas.
O desentendimento começou no Ponto de Distribuição de Alimentos da universidade e prosseguiu até o PAC, onde, em meio a um grupo observando a situação, uma aluna avançou na direção da suposta agressora, a empurrou e jogou no chão. Um segurança e outras pessoas que testemunhavam o momento tentam apartar as duas.
De acordo com Maria Costa, vice-secretária de Organização do Diretório Central dos Estudantes (DCE-Ufba), uma estudante do curso de Fonoaudiologia iniciou xingamentos motivados pela falta de fichas no Restaurante Universitário (RU).
Maria também disse que a agressora teria dito a um estudante negro que ele "deveria voltar para o navio negreiro para receber chicotadas" e "agradecer" aos colonizadores por trazerem os negros ao Brasil. Além disso, uma estudante transexual também teria sido alvo de transfobia da acusada, sendo chamada de "marginal de saia".
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