Empresa Tronox registra queda de 84% do lucro

A situação financeira da Tronox, empresa de pigmentos localizada no litoral de Camaçari, evidencia uma retração significativa nos últimos anos. O ano de 2023 não sinaliza uma possível estabilização ou recuperação dos ativos da empresa.

Envolta em denúncias de contaminação do ar e subsolo por metais pesados, e sendo alvo do Ministério Público (MP) devido ao possível descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2012, a Tronox tem experimentado uma desvalorização no mercado de capitais.

As ações da empresa, que, há menos de três meses, eram negociadas a R$ 48,93, encerraram o último pregão em R$ 37,60, registrando uma retração de 23,4%. O balanço divulgado pela administração da Tronox, com os resultados de 2022, revela uma situação ainda mais grave.

Houve uma acentuada queda nas vendas de pigmento de titânio (-12,4%) em relação a 2021, diminuindo de 47,8 para 41,8 mil toneladas. O lucro líquido da empresa despencou 75% no mesmo período, refletindo-se no Ebitda, que teve uma expressiva redução de 84%.

O Ebitda, abreviação de "Earning before interest, taxes, depreciation and amortization" (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), é o indicador que determina a distribuição de lucros entre os participantes de uma empresa.

Adicionalmente, soma-se a esse cenário a diminuição do capital social da empresa, com a distribuição de R$ 126 milhões entre os acionistas no primeiro semestre. Relatos anônimos de funcionários indicam uma redução nas operações, incluindo o desmantelamento de algumas máquinas, contribuindo para um quadro de desinvestimento que sugere a possibilidade de encerramento das atividades ou a solicitação de recuperação judicial.

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