Ondas de calor impulsionam consumo de energia e aumentam previsão de contas em 2024

(Foto: istockphoto)

O aumento sem precedentes no consumo de energia elétrica coincidiu com a intensa onda de calor que afeta diversas regiões do país. Por exemplo, às 14h37, da última sexta-feira (15), a demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu o pico de 102.478 MW, marcando o maior registro da série histórica, conforme dados divulgados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Esse fenômeno não ocorreu de forma isolada. O boletim do Programa Mensal de Operação do ONS projetou um aumento na demanda do SIN devido às altas temperaturas previstas para os próximos dias.

As altas temperaturas foram confirmadas pelo ONS, que indicou um aumento significativo em relação às previsões anteriores. Isso impulsionou o consumo de energia, estimando-se uma expansão de 5,7% para 83.965 MWmed.

Embora os níveis de Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios para o final do mês estejam estáveis, com todos os subsistemas acima de 60%, isso é resultado dos esforços do ONS na gestão dos recursos, dado que as projeções para a Energia Natural Afluente (ENA) continuam abaixo da média histórica para este período normalmente chuvoso.

O desafio de garantir água para a geração de energia nas hidrelétricas é evidente, mesmo durante o período de chuvas. O relatório do ONS, responsável pela coordenação e controle das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no SIN, demonstra semanalmente o aumento constante no consumo, especialmente devido ao incremento das temperaturas no país.

No acumulado dos últimos 12 meses, a carga de energia do SIN apresentou um aumento significativo de 5,7% em relação ao período anterior. A ANEEL projeta um aumento de 5,6% na conta de luz para o ano de 2024.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está atenta ao aumento das temperaturas como fator determinante para o maior consumo de energia. Segundo a Aneel, o cenário de secas, ondas de calor e menor geração eólica em 2023 resultará em um custo adicional de R$700 milhões na conta de energia para os consumidores atendidos pelas distribuidoras.

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