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Impostos sobre carnes podem ser reduzidos com Reforma Tributária

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Impostos sobre carnes podem ser reduzidos com Reforma Tributária

A medida se aplica também a peixes.

Por Camaçari Notícias

Foto: Getty Images/iStockphoto

O governo federal comentou sobre uma informação equivocada sobre a proposta de regulamentação da reforma tributária e esclarece que a incidência de impostos não varia entre os cortes de carne provenientes do mesmo tipo de animal. O Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, parte da atual discussão no Congresso Nacional sobre a reforma tributária, propõe uma redução de 60% na alíquota de tributos para carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves (exceto foie gras). Essa medida também abrange peixes (exceto bacalhaus, salmões, atuns, hadoque e ovas como caviar) e crustáceos (com exceção de lagostas e lagostins).

A intenção do governo federal expressa na proposta é combinar três objetivos:

1 - Garantir que os atuais alimentos da cesta básica terão suas alíquotas reduzidas, com exceção daqueles alimentos de consumo concentrado entre os muito ricos;

3 - Distribuir o peso da carga tributária de maneira mais justa;

3 - Induzir boas práticas de alimentação saudável.

Além da incidência reduzida para proteínas de origem animal, alguns alimentos passarão a ter alíquotas de impostos reduzidas a zero. São eles: arroz; feijão; leites e fórmulas infantis; manteiga; margarina; frutas, legumes e verduras; ovos; café; óleo de soja; farinha de mandioca; farinha, cuscuz e flocos de milho; farinha de trigo; açúcar; macarrão; e pão comum.

Além das carnes, outros produtos estão na relação de produtos com redução de 60% na alíquota de impostos:  leite fermentado; iogurte, bebidas e compostos lácteos; queijos; mel natural; mate; farinhas e flocos de aveia, arroz e outros cereais; tapioca; óleos vegetais; massas alimentícias; sal; sucos naturais, desde que sem adição de açúcar e de conservantes; polpas de frutas; entre outros.

A tributação sobre esses alimentos será reduzida em relação à atual. A carga tributária média dos alimentos incluídos na cesta básica (alíquota zero) e na cesta estendida (alíquota reduzida em 60%) vai cair de 11,6% para 4,8%. No caso dos mais pobres, que terão direito ao cashback – a devolução, às famílias de baixa renda, de parte do imposto pago por elas sobre o seu consumo – cairá para 3,9%.

Além disso, os produtos alvos das reduções de alíquotas são, em sua grande maioria, produtos saudáveis, assegurando o direito humano à alimentação adequada e saudável prevista no Decreto Presidencial N° 11.936, de 05 de março de 2024. As listas definidas seguem as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde, o qual recomenda que se faça dos alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação, juntamente com os ingredientes culinários (óleos, gorduras, sal e açúcar) necessários para prepará-los, desde que estes ingredientes sejam utilizados em pequenas quantidades.

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