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Haddad aposta na aprovação da taxação de super-ricos pelo G20 até o final do ano

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Haddad aposta na aprovação da taxação de super-ricos pelo G20 até o final do ano

Ele ainda afirmou que esse tipo de tributação não é simples, e há “muita resistência”.

Por: Camaçari Notícias

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre a expectativa de que a proposta de taxação de grandes fortunas seja aprovada durante a cúpula do G20, marcada para o final deste ano no Rio de Janeiro. Haddad mencionou que, após extensos debates em sessões temáticas, a expectativa é que o documento seja assinado pelos líderes de Estado.

“Os 20 países do G20 assinaram um comunicado aqui no Rio de Janeiro, na terceira reunião dos ministros de finanças. […] Vai ter uma cúpula agora no final do ano com todos os chefes de Estado. Aí são os próprios presidentes ou primeiros-ministros que vão estar no Rio de Janeiro na grande cúpula e eu espero que essa proposta seja aprovada”, afirmou em entrevista ao programa Bom dia, Ministro.

De acordo com Haddad, a proposta que o Brasil apresentou no G20 visa estabelecer uma tributação internacional para indivíduos extremamente ricos. “Levamos essa proposta ao G20 para que o imposto sobre a riqueza seja implementado globalmente. Independentemente do local de residência, qualquer pessoa com bilhões de dólares deve ser tributada”, afirmou.

Haddad também destacou que essa forma de tributação não é simples e enfrenta “muita resistência”. Ele mencionou a possibilidade de que países possam apoiar o tema apenas verbalmente, e que a assinatura de um acordo seria crucial para garantir um compromisso global.

O modelo em desenvolvimento pela equipe de Haddad, em colaboração com a vencedora do prêmio Nobel de Economia Esther Duflo e o economista Gabriel Zucman, propõe um sistema tributário internacional. Nesse sistema, grandes corporações pagariam uma alíquota de 15% e os multimilionários deveriam pagar pelo menos 2% de sua riqueza total anualmente em impostos.

Os recursos arrecadados seriam destinados a um fundo social, utilizado no combate às mudanças climáticas, à pobreza e no financiamento de projetos ambientais.

No entanto, Haddad reconheceu que as tentativas de taxar grandes fortunas a nível nacional nem sempre foram bem-sucedidas. “O problema com a tributação de grandes fortunas é que as iniciativas já tentadas ao redor do mundo nem sempre tiveram bons resultados, não por serem injustas, mas porque, na prática, enfrentam evasão de capital e problemas fiscais. Não é raro que indivíduos extremamente ricos evitem pagar impostos, e geralmente eles têm dificuldade em lidar com o fisco”, concluiu.

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