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Reforma tributária promete zerar impostos da cesta básica, mas impacto no bolso pode demorar
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Reforma tributária promete redução de impostos sobre alimentos, mas especialistas avisam: Impacto no preço da cesta básica pode demorar.
Por Camaçari Notícias
Foto: Igor Santiago
O governo federal anunciou que a reforma tributária trará redução nos preços da cesta básica, garantindo que alimentos essenciais como arroz, feijão e carne terão impostos zerados. No entanto, especialistas alertam que o reflexo no bolso da população pode demorar. A mudança será gradual e depende de fatores como a política de preços do varejo, custos logísticos e a própria dinâmica da economia. Enquanto isso, a inflação segue corroendo o poder de compra das famílias, tornando cada ida ao supermercado um desafio.
A proposta da reforma é aliviar a carga tributária sobre itens essenciais, mas isso não significa que os preços cairão automaticamente. O economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas (FGV), explica que a isenção fiscal pode não ser repassada integralmente ao consumidor. “As empresas podem usar a desoneração para recompor margens de lucro, e se houver aumento na demanda, os preços podem continuar altos”, analisa.
Para os consumidores, a situação continua difícil. "Hoje, com essa inflação tão alta, o que mais pesa no fim do mês são as compras. Os produtos subiram muito de preço. O café, por exemplo, está totalmente desproporcional ao valor que vinha sendo praticado. O Brasil é o maior produtor de café do mundo, e mesmo assim ele está caríssimo", comenta um entrevistado.
Outra consumidora relata as dificuldades para equilibrar o orçamento. “O que mais pesa é o valor do mercado, porque os preços aumentam todos os dias. O café está um absurdo, o gás de cozinha sobe todo mês. Na minha mesa não tem faltado nada porque, quando o dinheiro não dá, eu uso o cartão de crédito. Mas no fim do mês, fica difícil pagar”, desabafa.
Uma pesquisa realizada pelo Camaçari Notícias em mercados da cidade mostra os valores atuais de alguns itens da cesta básica, que continuam pesando no orçamento das famílias:
Locais pesquisados:
Os preços foram coletados em três tipos de estabelecimentos:
Grãos e Massas
Óleos e Gorduras
Laticínios e Derivados
Carnes e Peixes
Outros Itens
Principais destaques da pesquisa
Maior alta de preço: O café subiu de R$ 12,99 para R$ 15,75 (+21,2%), devido à seca que afetou as plantações.
Óleo de soja teve um aumento significativo de 14,3%, reflexo da alta nos custos de produção e exportação.
Corte bovino coxão mole subiu 5,0%, devido ao aumento no custo da carne bovina.
Azeite de oliva teve alta de 4,5%, seguindo a tendência global de aumento nos preços dos óleos vegetais.
Placa de frango e peixe panga tiveram aumentos acima de 3,5%, influenciados pelo custo dos insumos na pecuária e pesca.
O preço do sal caiu 1,5%, sendo um dos poucos produtos com redução no valor.
Os preços dos alimentos seguem em alta. Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que, entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, o custo da cesta básica aumentou em 13 das 17 capitais analisadas. Salvador (6,22%), Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%) registraram as maiores altas. Por outro lado, algumas capitais tiveram queda nos preços, como Porto Alegre (-1,67%), Vitória (-1,62%) e Campo Grande (-0,79%).
A alimentação tem sido um dos principais motores da inflação. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o grupo alimentação e bebidas está entre os que mais impactam o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Fatores como variações climáticas, alta do dólar e custos logísticos dificultam a estabilização dos preços.
Diante desse cenário desafiador, especialistas sugerem algumas estratégias para minimizar o impacto da alta de preços:
Compare preços: Pesquisar em diferentes estabelecimentos pode gerar economia significativa.
Compre em atacado: Se houver espaço para armazenar, comprar em maior quantidade pode reduzir custos.
Planeje suas compras: Fazer uma lista e evitar desperdícios ajuda no controle do orçamento.
Aposte em feiras e mercados populares: Muitas vezes, esses locais oferecem preços mais acessíveis que os supermercados.
A grande questão que permanece é: a reforma tributária resultará, de fato, na redução dos preços ou será apenas mais uma promessa política? O tempo dirá se a medida será suficiente para aliviar o bolso dos brasileiros e garantir o acesso a uma alimentação digna e de qualidade. Até lá, os consumidores seguem enfrentando dificuldades para fechar as contas no fim do mês.
Por: Igor Santiago
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