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Projeto transfere as primeiras mudas de corais para restauração de recifes na Baía de Todos-os-Santos

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Projeto transfere as primeiras mudas de corais para restauração de recifes na Baía de Todos-os-Santos

Técnica inédita foi desenvolvida pelo Corais de Maré

Por: CN com Assessoria de Comunicação

Primeiras mudas de corais cultivadas com técnica inédita já foram transferidas para a Baía de Todos-os-Santos (Foto: Divulgação)

Pescadores, ambientalistas e pesquisadores iniciaram as primeiras transferências das mudas de coral nativo para recifes na Baía de Todos-os-Santos. O experimento foi apresentado por José Roberto Caldas, conhecido como Zé Pescador, CEO da Carbono 14, durante a sexta edição do Fórum de Sustentabilidade da Baía de Todos-os-Santos, que aconteceu nesta terça-feira, 1º, como uma alternativa de restauração dos corais da região. Com o uso de uma técnica inédita, o projeto Corais de Maré, promovido pela Carbono 14 em parceria com a UFBA e a Braskem, busca potencializar o crescimento da espécie Millepora alcicornis utilizando o plástico e outros materiais recicláveis em sementeiras construídas com o uso do esqueleto do Coral-sol, espécie considerada invasora na região.

"Ainda estamos na fase inicial do projeto, mas já vemos resultados promissores de crescimento mais acelerado do coral nativo a partir do uso de materiais plásticos, o que demonstra que essa é uma tecnologia inovadora com grande potencial de recuperação do ecossistema da Baía de Todos-os-Santos", afirma Zé Pescador, explicando que como essa é uma técnica nova, necessita de testes para avaliar os melhores resultados. "Já começamos a transferência de algumas mudas que estavam no grau de maturação adequado, mas como esse cultivo de coral no habitat natural nunca tinha sido feito, estamos avaliando o desenvolvimento dessas mudas e os melhores locais para instalação", acrescenta.

Mil mudas são cultivadas em berçários instalados na Baía de Todos-os-Santos. A expectativa é transferi-las para os recifes da região, contribuindo para a biodiversidade marinha. Esses ecossistemas são responsáveis por abrigar pelo menos 25% das espécies marinhas, além de contribuir para a segurança econômica e alimentar da população das cidades costeiras, de acordo com estudos da Rede Global de Monitoramento de Recifes de Coral (GCRMN).

Integrante do projeto Blue Keepers, da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, a Braskem está engajada em combater a poluição plástica nos oceanos no curto, médio e longo prazos. "Assumimos o compromisso de contribuir com a eliminação dos resíduos plásticos, o que é feito a partir do investimento em nosso portfólio de renováveis e no fortalecimento da economia circular, mas também por meio de parcerias contra lixo nos mares", afirma Magnólia Borges, gerente de Relações Institucionais da Braskem na Bahia.

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