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Deputado estadual propõe instituir acarajé como patrimônio cultural da Bahia

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Deputado estadual propõe instituir acarajé como patrimônio cultural da Bahia

Tradicional bolinho de feijão fradinho frito no azeite de dendê já é marca do estado.

Por: Camaçari Notícias

(Foto: Istockphoto)

O deputado estadual Antônio Henrique Júnior (PP) apresentou nessa quarta-feira (1°), um projeto de lei para reconhecer o acarajé como patrimônio cultural do estado da Bahia. Esta iniciativa surge em meio a uma controvérsia gerada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que já aprovou o acarajé como patrimônio cultural fluminense. No entanto, o deputado Antônio Henrique enfatiza que o acarajé é um prato típico da culinária baiana.

Ele justifica seu projeto, argumentando que o acarajé desempenha um papel fundamental na vida cotidiana dos baianos, sendo consumido após o trabalho, no retorno para casa, à tarde, nas praias, festas e largos, funcionando como um ponto de encontro para várias comunidades e grupos.

O deputado destaca que a aprovação do acarajé como patrimônio cultural da Bahia é uma maneira de preservar esse alimento, que é de grande importância para a cultura local. Ele ressalta que a venda de acarajé é uma tradição de longa data que é transmitida de geração em geração e sustenta muitas famílias.

Vale ressaltar que, a nível municipal, em Salvador, o acarajé já possui o status de patrimônio cultural, conforme estabelecido por uma lei de 2002.

A história do acarajé está profundamente enraizada na herança africana da Bahia, sendo uma variação de um bolinho servido na Nigéria chamado "kosai" ou "akará". Embora a base seja semelhante, com feijão fradinho batido e frito, há variações nas receitas, com temperos distintos. O acarajé ganhou destaque na Bahia com a chegada dos iorubás e hauçás no século XIX, que eram diferentes das populações africanas trazidas para outras regiões do Brasil. Inicialmente, o acarajé era servido nos terreiros de candomblé, mas posteriormente foi para as ruas com as "baianas do acarajé". Hoje, o prato é servido em todo o estado e em outras cidades brasileiras, acompanhado de camarão seco, molho de pimenta e outros alimentos rituais do candomblé.

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