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Desigualdade na ocupação: Bahia lidera disparidade entre mulheres negras e brancas no Brasil

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Desigualdade na ocupação: Bahia lidera disparidade entre mulheres negras e brancas no Brasil

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por Camaçari Notícias

(Foto: getty images)

A Bahia apresentou a maior disparidade entre as taxas de desemprego de mulheres pretas ou pardas (19,9%) e mulheres brancas (11,9%), segundo o IBGE em 2022. Mulheres brancas, pela primeira vez em 11 anos, tiveram uma taxa menor que a dos homens (12,3%). A supervisora do IBGE, Mariana Viveiros, atribui essa disparidade à sobrecarga de afazeres domésticos e cuidados pessoais para mulheres negras, juntamente com desigualdades educacionais e de renda.

As mulheres baianas dedicam mais tempo aos afazeres domésticos do que os homens, com uma média de 23,1 horas por semana para elas, em comparação com 10,9 horas para os homens. Essa disparidade de gênero não é exclusiva da Bahia e é motivada por distinções na divisão do trabalho e falta de apoio institucional.

Além disso, a falta de uma rede de apoio adequada é apontada como um desafio significativo para as mulheres. Mulheres brancas ocupadas na Bahia gastavam, em média, 17 horas semanais em afazeres domésticos, enquanto mulheres pretas ou pardas ocupadas gastavam 19,5 horas, representando uma diferença de 2,5 horas a mais para estas últimas.

Em 2022, na Bahia, 53,3% das mulheres entre 25 e 54 anos trabalhavam, com variações significativas de acordo com a presença de crianças em casa. Mulheres com crianças tinham uma taxa de ocupação 19,5% menor do que aquelas sem. Mariana Viveiros relaciona isso ao papel de cuidadoras que as mulheres assumem, destacando a necessidade de serviços e redes de apoio, como creches públicas, para aliviar essa sobrecarga.

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