Município de Cachoeira pode se tornar Patrimônio Mundial Cultural

(Foto: Tatiana Azeviche/SeturBA)

O município de Cachoeira, destino da zona turística da Baía de Todos-os-Santos, pode se tornar Patrimônio Mundial Cultural. A gestão municipal formalizou o pedido ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em uma cerimônia realizada na quarta-feira (13), dia em que a cidade comemorou 187 anos de emancipação, na Igreja da Ordem Terceira do Carmo, com a participação de representantes do Governo do Estado. O Iphan está trabalhando na elaboração de um dossiê que será submetido à avaliação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), responsável pela concessão do título. Atualmente, na Bahia, apenas o Centro Histórico de Salvador possui esse reconhecimento.

"A obtenção deste título atrairá visitantes de todo o mundo para conhecer nossos atrativos, que incluem nosso patrimônio material e imaterial, como nossa gastronomia", afirmou a prefeita Eliana Gonzaga.

"Este é um momento de grande alegria e entusiasmo. Comprometemo-nos a trabalhar incansavelmente pelo reconhecimento de Cachoeira", disse Indi Ohana Rocha, arquiteta e urbanista do Iphan.

"Sem dúvida, isso beneficiará muito o turismo local. Foi em Cachoeira que os ideais de independência do Brasil ganharam força e permaneceram vivos. Temos um patrimônio arquitetônico colonial e sacro significativo, além de ricas manifestações culturais das religiões de matriz africana, a festa da Boa Morte, o samba do recôncavo, uma tradição de festas juninas robusta e a renomada Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). Todos esses elementos atendem aos critérios da Unesco", ressaltou Maurício Bacelar, Secretário de Turismo da Bahia (Setur-BA), durante o evento.

O secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, considera este um ato que enaltece toda a história e tradição cultural de Cachoeira ao longo dos séculos. "Com a valorização desta riqueza cultural, o turismo adquire uma nova dimensão. As pessoas visitam não apenas pelas belezas naturais, mas também pela história que foi construída aqui", acrescentou Bruno Monteiro.

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