Participação baiana na produção de dendê equivale a apenas 1,4% do total nacional

(Foto: Getty images)

A Bahia é famosa pelo dendê, elemento essencial em sua culinária e cultura, mas sua produção vem diminuindo ao longo dos anos, representando apenas 1,4% do total do Brasil. Em 2022, a produção aumentou para 40 mil toneladas, porém, ainda é insuficiente para suprir a demanda local, sendo que a Bahia produz apenas 2% do dendê consumido no estado. Enquanto isso, o Pará domina a produção nacional, com uma participação de 98,3%.

A falta de investimento e políticas públicas é apontada como uma das principais razões para o declínio. A plantação de dendê na Bahia precisa de renovação e modernização, mas os proprietários não têm recursos para fazê-lo. Isso preocupa os envolvidos na cadeia produtiva, como a Associação Nacional das Baianas de Acarajé.

Em 2020, o Governo prometeu investir R$ 2,2 milhões em ações para beneficiamento do dendê, mas até agora não se viu esse investimento ser aplicado. Produtores e especialistas destacam a necessidade de políticas que promovam a inovação e tecnologia na produção, ao invés de simplesmente criar fábricas de azeite já existentes há séculos.

Outras iniciativas, como a busca por uma Identificação Geográfica para a região, estão em andamento, porém, ainda não apresentaram resultados concretos. A falta de ações práticas por parte do governo e a burocracia têm sido obstáculos para o avanço do setor. Enquanto isso, o investimento prometido em 2020 continua sem resposta, mostrando a necessidade de um compromisso real com a revitalização da cultura do dendê na Bahia.

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