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Cantora é vítima de racismo durante atendimento no SAC de Lauro de Freitas

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Cantora é vítima de racismo durante atendimento no SAC de Lauro de Freitas

Vítima era atendida por funcionário quando outro cliente a chamou de 'macaca', em Lauro de Freitas.

Por Camaçari Notícias

Mulher registrou um boletim de ocorrência. Foto: TV Bahia

Na quarta-feira (28), uma cantora denunciou um caso de racismo ocorrido na unidade de Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. A situação foi registrada por pessoas presentes no local e rapidamente se espalhou nas redes sociais.

A cantora Marcela Guedes estava sendo atendida no SAC quando foi abordada por uma mulher que a informou sobre ofensas racistas proferidas por um homem que também aguardava atendimento. A mulher, visivelmente perturbada, relatou: "Você precisa voltar lá, ele está te chamando de macaca e dizendo que seu cabelo é de macaca." Marcela ficou chocada e perturbada pela notícia.

Apesar do transtorno, a cantora decidiu concluir seu atendimento antes de tomar qualquer atitude. Em seguida, ela confrontou o suspeito, desafiando-o a repetir as ofensas na sua frente. "Tenha coragem de dizer na minha cara que meu cabelo é de macaco. Racista!" exclamou ela.

O vídeo do confronto, registrado por outros clientes do SAC, mostra uma outra cliente não identificada entrando na discussão e criticando o homem. "Primeiro, você é burro, macacos não têm cabelo. Segundo, você é ignorante," ela afirmou.

Durante o incidente, ninguém chamou a polícia. Como o racismo é um crime inafiançável, a presença da polícia poderia ter resultado na prisão imediata do suspeito. Segundo Marcela, a gravidade da situação deixou todos tão chocados que ninguém pensou em acionar as autoridades.

Após deixar o SAC, Marcela registrou um boletim de ocorrência na delegacia. A Polícia Civil confirmou o recebimento da denúncia, mas não forneceu mais detalhes. Marcela destacou a importância de enfrentar o racismo e não se calar: "Há pessoas que não têm coragem de falar, que desdenham do problema. Somos vistos como agressores em vez de vítimas. O racismo nos mata diariamente e precisamos levantar nossas vozes."

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