Auxiliar de cozinha é indenizada em R$ 50 mil após ser vítima de racismo por parte do patrão em Feira de Santana

Uma auxiliar de cozinha receberá R$ 50 mil de indenização por agressões racistas sofridas por parte de seu chefe, conforme decisão da Justiça do Trabalho. Ela trabalhava em um restaurante em Feira de Santana, onde era alvo de insultos racistas, como "urubu de macumba" e "nega feiticeira", além de agressões físicas.

Em outubro de 2020, a funcionária foi puxada bruscamente pelo patrão, machucando seu punho, o que gerou um boletim de ocorrência. Testemunhas confirmaram que o proprietário tinha comportamentos abusivos, muitas vezes associados ao consumo excessivo de álcool. A esposa do dono, testemunha de defesa, afirmou que ele era apenas “brincalhão”.

A Justiça interpretou os insultos como "racismo recreativo", um conceito ligado ao racismo estrutural. A indenização foi mantida pela 4ª Turma do TRT-BA, que considerou comprovadas as agressões verbais e físicas. O caso foi encaminhado ao Ministério Público do Trabalho, e o recurso do proprietário, pedindo a redução da indenização, foi negado.

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