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Bahia
Por Sites da Web
Ana Cecília recebeu alta após sete meses
A bebê Ana Cecília, que nasceu com problema grave nos rins e ficou internada mais de dois meses em um hospital de Salvador, voltou para casa em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. Após a vitória de ter deixado a unidade hospitalar, os pais da criança vivem o drama de ter que conseguir recursos financeiros para continuar o tratamento, que só é feito na capital baiana.
A preocupação da família é com a despesa de passagens aéreas, já que a viagem de avião é mais rápida e confortável para a criança. “A gente veio de carro com ela no domingo e é muito cansativo. Além dela ficar muito nervosa, tem toda a questão da sonda, que a gente tem que preparar tudo antes. E no carro, não tem como”, conta Glauber Mendes, pai de Ana Cecília.
Trajetória
Aos três meses de vida, uma síndrome nefrótica deixou Ana Cecília debilitada. A síndrome inclui sintomas como excesso de proteínas na urina e, por consequência, faltam proteínas no sangue. O bebê tinha inchaço abdominal.
O tratamento não é feito em Vitória da Conquista e foram 70 dias internada no Hospital Geral da cidade até que uma liminar expedida pela Justiça determinou a transferência da criança. Ana Cecília foi de UTI aérea para o Hospital Roberto Santos, em Salvador. Foram sete meses de tratamento intensivo.
Apesar de toda a batalha dos pais, em julho eles enfrentaram um momento crítico, pois Ana Cecília pegou uma infecção hospitalar. Os médicos chegaram a dizer que ela não sobreviveria. “Agradeço primeiramente a Deus, que deu muita força pra gente. E ela, a gente via que ela queria viver”, relata o pai da criança.
Após o susto, Ana Cecília teve alta no último domingo, 16 de agosto. A família pôde voltar para Vitória da Conquista. O pai registrou toda emoção logo na entrada da cidade. “Nossa pequenininha”, diz o pai no vídeo gravado no momento da chegada. Em casa, Ana Cecília é cercada de cuidados. Ela ainda toma medicação e por enquanto ainda precisa se alimentar por uma sonda.
“A sonda é só porque ela não está comendo bem pela boca, mas na hora em que ela começar a comer bem mesmo, 100% pela boca, aquela sonda sai dali. Hoje ela tem, mais ou menos, característica de um bebê de três meses. Pescoço está todo mole, corpinho todo mole, tem que pegar com o maior cuidado. Aqui ela vai começar a crescer”, espera Glauber Mendes.
Depois de tantas dificuldades, a família consegue pensar em um futuro mais saudável para a filha. “Agora é só curtir ela. Ficar aqui em casa, o tempo todo, sem aqueles cuidados todos de médico, hospital, enfermeiro. A gente quer curtir a nossa casa, a família junta de novo”, comemora Daniela Viana, mãe de Ana Cecília.
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