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32% dos médicos-veterinários da Bahia tiveram covid, diz pesquisa

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32% dos médicos-veterinários da Bahia tiveram covid, diz pesquisa

Levantamento do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia aponta aumento da carga de trabalho.

Por Pesquisa Web

Quase um terço dos médicos-veterinários da Bahia pegaram covid-19, aponta um levantamento feito pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV-BA). Segundo o estudo, 32% da categoria atuante no estado contraiu a doença. Esse número é quatro vezes maior que a prevalência registrada na população geral da Bahia, de 8,1%, de acordo com dados do Ministério da Saúde (MS). A informação é do Jornal Correio*

A maioria dos casos ocorreu no primeiro semestre de 2021 nas formas moderada e severa e 48,3% dos profissionais acometidos pela doença tiveram de se afastar do trabalho por mais de 15 dias. Destes, 10% tiveram sequelas graves. A pesquisa foi feita com 350 médicos baianos. 

“O recorte apresentado no levantamento mostra o alto risco de exposição a que estão submetidos os médicos-veterinários e o quanto esses profissionais essenciais precisam ser assistidos pelo sistema de saúde e incluídos nas políticas públicas voltadas aos profissionais da área da saúde”, destaca o médico-veterinário José Roberto Pinho de Andrade Lima, coordenador do estudo.

Os médicos-veterinários são reconhecidos pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) como profissionais da saúde desde 1998. Eles também foram identificados pelo Ministério da Saúde como linha de frente no combate à covid-19, através da Portaria nº 639, em 31 de março de 2020. Porém, foram excluídos da campanha de vacinação contra o coronavírus em diversos estados do país, entre eles, a Bahia.

A capital, Salvador, só iniciou a imunização dos médicos-veterinários após decisão judicial, em maio de 2021, enquanto os demais profissionais da saúde estavam sendo imunizados desde janeiro. O resultado dessa exclusão revela o estudo, é que, até o mês de agosto, 10% dos médicos-veterinários ainda não haviam tido acesso à vacina, enquanto outros 24% registram a perda de algum familiar por covid-19.

Renda do médico-veterinário é comprometida
Embora 70% dos profissionais pesquisados tenham mantido as atividades presenciais durante as fases mais críticas da pandemia, e 86% desses profissionais tenham tido alta exposição à doença, o estudo revela uma disparidade na relação trabalho x renda. Enquanto 41% dos entrevistados tiveram a carga de trabalho aumentada no período, 34,3% viram a renda despencar no mesmo período.

Para o coordenador do estudo, “os números mostram que embora tenhamos um mercado aquecido, com profissionais muito dedicados e qualificados, temos ainda uma grande desvalorização do profissional médico-veterinário pelos agentes empregadores e clientes de um modo geral e este é outro fato que precisamos reverter”, pontua.

Para o Conselho, esses resultados reforçam a importância do planejamento e treinamento antecipado para enfrentar situações de crise sanitária. Realizado entre os meses de julho e agosto de 2021, o levantamento ainda apontou que o maior percentual de médicos-veterinários do estado está em Salvador e Feira de Santana, com atuação na clínica e cirurgia de pequenos animais. Durante o período da pesquisa, cinco mortes de médicos-veterinários foram registradas pelo CRMV-BA, sendo três na capital e duas no interior do estado. 

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