Em guerra com a milícia, bandidos sequestram líder ao se passarem por policiais
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Comitivas do Governo Federal se mobilizam para acompanhar investigação sobre morte de líder quilombola na RMS
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Maria Bernadete Pacífico, foi assassinada na noite desta quinta-feira (17), dentro de terreiro.
Por Camaçari Notícias
Maria Bernadete Pacífico, foi assassinada na noite desta quinta-feira (17), dentro de terreiro. (Foto: divulgação)
Comitivas do governo federal foram enviadas à Bahia para acompanhar as investigações da morte de Bernadete, líder da comunidade quilombola de Pitanga dos Palmares. O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, expressou sua solidariedade aos familiares e à comunidade, informando o deslocamento imediato de equipes do ministério a Simões Filho, cidade situada na Região Metropolitana de Salvador.
O Ministério da Igualdade Racial (MIR) também se mobiliza nessa causa, encaminhando uma comitiva para a Bahia. O grupo, que contará com a presença de representantes do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, tem o objetivo de realizar uma reunião presencial com órgãos do estado da Bahia, atendimento às vítimas e familiares, além de garantir a proteção e defesa do território quilombola.
Essas ações emergem em um contexto delicado e expressam a preocupação do governo federal em resposta ao caso. O Quilombo Pitanga dos Palmares, liderado por Bernadete, abriga cerca de 289 famílias em uma área de 854,2 hectares. Apesar de a comunidade ter sido reconhecida em 2017 pelo Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o processo de titulação do quilombo permanece inconcluso.
Além das comitivas de investigação, o MIR convocará uma reunião do grupo de trabalho de enfrentamento ao racismo religioso para discutir o caso.
Essa mobilização do governo federal sinaliza um reconhecimento da gravidade do ocorrido e uma tentativa de resposta rápida e integrada para apurar os fatos, oferecer apoio às vítimas e seus familiares, e garantir a integridade do território quilombola.
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