Em guerra com a milícia, bandidos sequestram líder ao se passarem por policiais
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Polícia
Caso aconteceu na cidade de Xique-Xique, na Bahia.
Por Camaçari Notícias
(Foto: reprodução/Arquivo pessoal)
A família de Genivaldo Ribeiro Pereira, de 40 anos, denuncia policiais militares por invadirem sua casa em Xique-Xique, na Bahia, e realizarem uma abordagem violenta, incluindo socos e chutes, na presença de seus quatro filhos, com idades de 8, 6, 5 e 3 anos.
De acordo com a esposa de Genivaldo, Valdenice Bispo dos Santos, o incidente ocorreu quando seu marido saiu para comprar refrigerante de motocicleta e esqueceu o capacete. Após a abordagem, ele foi preso e liberado da delegacia nesta quinta-feira (21).
Segundo Genivaldo, os policiais o abordaram devido à falta do capacete e solicitaram os documentos da motocicleta, que estavam vencidos. Após entregar os documentos, ele alega que foi agredido verbalmente e fisicamente pelos policiais, sendo chamado de 'neguinho folgado' e agredido fisicamente. Ele fugiu para dentro de casa, e os policiais o seguiram, entrando na residência sem ordem judicial. Genivaldo afirma ter sido espancado enquanto estava algemado, enquanto seus filhos assistiam a cena.
Valdenice dos Santos testemunhou a agressão de seu marido na frente das crianças, descrevendo um cenário de caos e desespero. Ela afirma que Genivaldo ficou imobilizado por cerca de 20 minutos, durante os quais seu nariz começou a sangrar.
Os policiais alegaram que Genivaldo ofereceu uma propina de R$ 500 para ser liberado, uma acusação que a família nega veementemente. Valdenice também afirmou ter sido agredida por um dos policiais enquanto tentava ajudar seu marido.
A Polícia Militar alega que a abordagem inicial ocorreu devido à falta de equipamentos de segurança obrigatórios, como capacete e retrovisor em sua moto. Genivaldo também teria admitido não possuir carteira de habilitação e documentos do veículo. A PM alega que Genivaldo ofereceu dinheiro aos policiais para evitar que sua moto fosse apreendida. A prisão dele foi feita por corrupção ativa, desobediência e resistência.
A família de Genivaldo e testemunhas negam as acusações de propina e alegam abuso policial. O comando da Polícia Militar disponibilizou a corregedoria setorial da unidade para investigar as alegações de agressão.
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