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'Atendia até quem não podia pagar', diz amigo de médico baiano morto em quiosque no RJ

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'Atendia até quem não podia pagar', diz amigo de médico baiano morto em quiosque no RJ

Médico, que completou 33 anos na terça-feira (3), era casado e tinha dois filhos.

Por G1

O médico ortopedista baiano Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, morto em um quiosque na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, com dois amigos, morava em Jequié, no sudoeste da Bahia, e trabalhava em Ipiaú, no sul do estado.

Segundo Ednaldo Santos, amigo de Perseu Almeida, o médico viajou para o Rio de Janeiro uma semana antes do crime, onde participaria de um congresso internacional de ortopedia, e tinha previsão de volta para a Bahia no sábado (7).

"Era uma pessoa muito alegre, todo mundo gostava muito dele. Não saía da clínica sem atender ninguém. Atendia até quem não podia pagar", disse o amigo de Perseu.

O médico, que completou 33 anos na terça-feira (3), era casado e tinha dois filhos: uma menina de 3 anos e um menino de 11.

Perseu Almeida atendia na clínica Cliort, em Ipiaú. A unidade de saúde era da família dele.

O baiano se formou no Instituto Mantenedor de Ensino Superior da Bahia (UniFTC), em 2017, e fez residência médica em Ortopedia e Traumatologia pelo COT/Martagão.

Perseu também era especialista em Cirurgia do Pé e Tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Na noite de quarta, ele estava com os amigos, também ortopedistas, Daniel Sonnewend Proença, Diego Ralf Bomfim e Marcos de Andrade Corsato. Apenas Daniel Proença sobreviveu. Ele foi levado com vida para o Hospital Municipal Lourenço Jorge com pelo menos três tiros.

Os quatro tiraram uma foto juntos momentos antes do crime. Perseu Almeida estava vestido com uma camisa do Bahia, time do coração.

Como foi o ataque

Os ortopedistas estavam hospedados no Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa, que sedia a partir desta quinta-feira o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo.

No início da madrugada, os quatro estavam em um quiosque na frente do hotel. À 0h59, um carro branco parou, e três homens de preto e armados com pistolas desceram do veículo e abriram fogo à queima-roupa.

Foram pelo menos 20 disparos. Um dos bandidos ainda voltou para atirar mais em um dos médicos que tentava se refugiar atrás do quiosque.

Agentes do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) chegaram a efetuar buscas, mas ninguém foi preso até o momento.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro acredita em execução, já que nada foi levado, e os criminosos chegaram atirando. Testemunhas contaram ainda que os bandidos nada falaram. Foram pelo menos 20 disparos.

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