Carnaval de Salvador termina sem ocorrências de mortes e 36 prisões através do Reconhecimento Facial

(Foto: Mateus Landim GOVBA)

O Carnaval de 2024 chegou ao fim na manhã desta quarta-feira (14), sem nenhum registro de morte violenta, como homicídios, latrocínios, feminicídios ou lesões dolosas seguidas de morte. Além disso, 36 foragidos da Justiça foram capturados com o auxílio do Sistema de Reconhecimento Facial da Secretaria da Segurança Pública (SSP). A ferramenta também identificou a presença de 11 milhões de foliões nas ruas de Salvador. O Balanço Final foi apresentado durante uma coletiva de imprensa realizada no Camarote da Polícia Militar, no bairro de Ondina.

Durante a coletiva, o governador Jerônimo Rodrigues fez uma avaliação positiva dos dados registrados durante os dias oficiais da festa. Ele enfatizou que os números refletem o reconhecimento do trabalho realizado antes e durante o Carnaval, ressaltando o planejamento prévio das ações. Desde o início das festividades populares no início do ano, as informações vinham sendo analisadas para elaborar o plano de ação do Carnaval.

O titular da SSP, Marcelo Werner, destacou a complexidade da operação de segurança devido ao tamanho do Carnaval, que é considerado a maior festa de rua do mundo. Ele ressaltou a importância das câmeras de segurança nos portais de abordagem, com a contagem de pessoas, como uma inovação fundamental. Werner também mencionou medidas adotadas para preservar a saúde e a vida dos foliões, como o fechamento temporário de alguns circuitos.

Segundo informações da secretaria, incluindo as festas em Porto Seguro e Barreiras, foram localizados 36 foragidos da Justiça pelas câmeras inteligentes. Eles tinham mandados de prisão por diversos crimes, como homicídio, roubo, furto, tráfico de drogas, estupro, associação criminosa e dívida de pensão alimentícia. Em Salvador, ocorreram 34 prisões, com o circuito Dodô (Barra/Ondina) registrando o maior número de capturas, totalizando vinte pessoas. No circuito Osmar (Campo Grande), foram dez procurados alcançados, enquanto no Batatinha (Centro Histórico de Salvador) três foram presos. Além disso, um foragido foi localizado no Carnaval de Cajazeiras, outro em Porto Seguro e o último em Barreiras.

Os Portais de Abordagem foram eficazes em impedir o acesso de 7.480 objetos perfurocortantes ou contundentes, como facas, que poderiam representar riscos aos foliões. Também foram barradas na entrada da festa pistolas de água para evitar situações de importunação sexual.

Em termos estatísticos, durante os dias de festa, não foram registrados homicídios nos circuitos, representando uma redução de 100% em comparação ao ano anterior. As tentativas de homicídio também tiveram uma queda de 50%, com dois casos registrados. Houve ainda 91 ocorrências de lesões corporais. O número de roubos teve uma redução de 23,4% em relação ao Carnaval de 2023, enquanto os furtos aumentaram em 12,5%. Ao longo da folia, foram reportados sete casos de racismo, 23 casos de violência contra a mulher, dois estupros, cinco casos de importunação sexual e um caso de LGBTQIAPN+fobia.

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