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Polícia
O caso foi registrado na 18ª Delegacia Territorial.
Por: Camaçari Notícias
Um grupo de cidadãos de Camaçari sofreu um golpe de estelionato de uma quadrilha que já realizou golpes em vários estados do Brasil. As primeiras denúncias foram realizadas na sexta-feira (19), na 18° Delegacia Territorial de Camaçari. O grupo afirma estar sofrendo ameaças dos estelionatários e tendo as contas hackeadas nas redes sociais.
De acordo com informações, a quadrilha oferece cursos de bombeiro mirim para crianças nas cidades onde passa. Os estelionatários utilizam um CNPJ ativo para fazer o aluguel de espaços privilegiados nos lugares em que desejam aplicar os golpes.
Em Camaçari, os golpistas conseguiram trazer para o projeto cerca de 300 crianças através de palestras em escolas públicas e particulares. Porém nem todos os pais e responsáveis prosseguiram com a matrícula, restando 224 crianças matriculadas ao total. Alguns pagavam o valor de R$127 mensais e outros pagaram o valor total do curso, que teria duração de 8 meses.
O espaço escolhido para a realização das aulas até o final do curso, foi um colégio particular localizado no centro de Camaçari. As aulas seriam sempre aos sábados e iniciaram no dia 27 de abril. As turmas seriam divididas em dois horários, de 8 às 10h e das 10 às 12h, por conta da quantidade de crianças. “Essa divisão de turmas nunca aconteceu. Eles começarão a falar no colégio, que não estavam tendo condições de manter o aluguel do espaço, e a partir daí as coisas foram se desorganizando, teve algumas aulas que foram ministradas no Horto Florestal da cidade”, comentou uma das pessoas que prestou serviços para o grupo.
Segundo os pais, na palestra de apresentação do curso realizada no dia 20 de abril, foram apresentados os materiais didáticos e fardamentos. “O fardamento e o material foram de péssima qualidade para o valor que pediram, e hoje infelizmente estamos sendo lesados e eles estão com os nossos dados. O psicológico das crianças está muito abalado, pois nada está se cumprindo, o que mais estamos em busca é de proteger os nossos dados, porque eles são estelionatários, são vários processos que eles são intimados e eles sempre fogem do local onde dão o golpe”, afirmou uma das mães.
Uma das mães comentou que durante uma reunião, o curso foi apresentado como gratuito e com muitas coisas atrativas. “A minha filha chegou em casa toda empolgada com as propostas do grupo, que envolviam aulas de rapel, visitas técnicas, primeiros socorros e nada disso aconteceu de fato. Eram apenas dois professores sem nenhum suporte. As aulas mudavam de local, não ficavam fixas, eu não fiquei só no prejuízo do curso, porque eu paguei um valor à vista no meu cartão e eles não fazem devolução de valores futuros, que ainda tem para debitar no meu cartão”.
Uma das pessoas que prestou serviços para o projeto registrou ocorrência do caso. “Procurei a delegacia, e o município cedeu dois advogados para a gente, até que acabou sendo feita uma pesquisa no nome dos estelionatários e da empresa, foi descoberto mais de 100 processos, eles não possuem representantes legais, eles fogem da justiça e a justiça não consegue nem intimar eles”.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, e já foi encaminhado para o Ministério Público.
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