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Polícia
Patrícia nasceu em Recife, era mãe, atuava como plantonista e era ativa no enfrentamento às violências de gênero.
Por: Camaçari Notícias
Delegada Patrícia Neves Jackes Aires foi encontrada morta às margens da BR-324. Foto: Reprodução/Redes Sociais
O homem suspeito de ter assassinado a delegada Patrícia Neves Jackes Aires, de 39 anos, já havia sido preso em maio de 2024 por agressão contra ela. Segundo a Polícia Civil, o rapaz possui um histórico de indiciamentos por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica.
Patrícia Neves Jackes Aires, natural de Recife, era mãe e atuava como plantonista na delegacia de Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano. Ela era conhecida pelo seu trabalho no combate à violência de gênero. Seu corpo foi encontrado no banco do carona do seu carro, às margens da BR-324, próximo a São Sebastião do Passé, na Região Metropolitana de Salvador, e há suspeitas de que a vítima tenha sido estrangulada.
Horas antes do crime, Patrícia havia postado nas redes sociais fotos de um jantar com o namorado em um restaurante. O suspeito se encontra preso.
Prisão do suspeito
De acordo com a Polícia Civil, na noite de sábado (10), o namorado da delegada entrou em contato com a polícia alegando que ambos haviam sido sequestrados na região de Amélia Rodrigues. Ele afirmou que foi liberado, enquanto os sequestradores teriam seguido com Patrícia no carro dela. Horas depois, o corpo da delegada foi encontrado por policiais militares à beira da estrada. Em nota, a Polícia Civil informou que o namorado de Patrícia foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio e é considerado o principal suspeito. No entanto, a polícia ainda não confirmou a alegação de sequestro.
Histórico de agressões
A Polícia Civil também revelou que o suspeito havia sido preso em flagrante por agredir a delegada em maio deste ano, mas foi liberado por decisão judicial. Patrícia chegou a solicitar uma medida protetiva contra o namorado, mas o casal acabou se reconciliando. As investigações sobre o exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica foram concluídas pela Polícia Civil de Euclides da Cunha em 2022, e os documentos foram enviados ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Formada em Direito e especialista em Direito Penal e Processo Penal, Patrícia tomou posse como delegada em 2016, sendo inicialmente designada para a delegacia de Barra, no oeste do estado. Ela posteriormente comandou as delegacias de Maragogipe e São Felipe, antes de ser lotada em Santo Antônio de Jesus. Patrícia tinha uma forte atuação na prevenção e enfrentamento das violências de gênero, com passagem pelo Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (NEAM) em 2021, no município de Santo Antônio de Jesus. Além de sua formação em Direito, Patrícia também era graduada em Licenciatura Plena em Letras e trabalhou por 12 anos como professora de língua portuguesa e inglesa.
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