Polícia Civil desmantela esquema de subtração de Nafta com envolvimento de armazéns em Camaçari

Uma operação deflagrada pelo Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), em colaboração com a 20ª Delegacia Territorial (DT/Candeias) e a Coordenação de Operações (COP), conseguiu desarticular um esquema de subtração de Nafta, um material derivado do petróleo. Na madrugada desta terça-feira (27), o líder da organização criminosa, um intermediário das transações e um comprador do produto foram presos em flagrante na BR 523, enquanto transportavam 126 mil litros de Nafta em três caminhões-tanques.

Investigações realizadas pela unidade policial revelaram que o desvio de Nafta estava ocorrendo há cerca de um ano e meio, em um esquema de grande porte. Quando os navios carregados com o produto se aproximavam do Porto de Aratu, os integrantes da associação criminosa efetuavam o pagamento de cerca de R$ 250 mil aos responsáveis pela embarcação e retiravam o material ainda em alto-mar, através de uma balsa clandestina.

A balsa carregada atracava na lateral do Porto, onde caminhões-tanque eram abastecidos e saíam com a maior parte da Nafta em direção a um galpão na Caroba. De lá, o material seguia para armazéns em Camaçari e Dias d’Ávila. "Há fortes indícios de que o local em Camaçari é utilizado e alugado em conjunto entre a associação criminosa e narcotraficantes, para o envio de drogas para o exterior, através de navios,” informou o diretor do Depom, delegado Arthur Gallas.

Essa ação é um desdobramento da prisão de um integrante de uma organização criminosa, que teve um mandado cumprido na última terça-feira (20), em Feira de Santana. Suspeito de diversos homicídios, roubos, tráfico de drogas e desvios de combustíveis, o homem é apontado como controlador de uma cooperativa na Caroba, onde ele também dominava todas as transações irregulares no Porto de Aratu.

As diligências continuam para identificar e responsabilizar os demais integrantes do grupo. Os flagranteados foram submetidos aos exames de lesões de praxe e estão à disposição da Justiça.

Siga o CN1 no Google Notícias e tenha acesso aos destaques do dia.