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Polícia
A investigação apura denúncias de licitação fraudulentas entre os anos de 2013 a 2020.
Por: Camaçari Notícias
(Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Na manhã desta quinta-feira (05), a Polícia Federal cumpre 31 mandados de busca e apreensão em Salvador, Camaçari, além das cidades de João Dourado, Irecê, Uibaí e Lapão. A operação tem o objetivo de elucidar esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos federais repassados à cidade de Ibititá, na região da Chapada Diamantina.
Em Salvador, um dos mandados está sendo cumprido em um condomínio de luxo no bairro de Patamares. De acordo com a PF, as licitações fraudulentas ocorreram no período de 2013 a 2020.
A Polícia Federal ainda informou que estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão temporária e dois de afastamento de cargo público. Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, fraude a licitações, superfaturamento de contratos, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.
A polícia revelou que no período de 2013 a 2020, o Governo Federal repassou vultosos recursos para o Município de Ibititá/BA oriundos do PNATE (Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar), do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), contratos de repasse, pagamento de parcela dos “precatórios do FUNDEF” (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), bem como recursos destinados ao combate da pandemia de COVID-19.
As investigações apontam que a ORCRIM se apropriou de grande parte desses recursos por meio de licitações fraudulentas, superfaturamento de contratos e lavagem de dinheiro. No período de 2013 a 2016, uma única empresa de construção civil firmou 15 contratos superfaturados com o Município no valor global de R$ 11 milhões. Essa mesma empresa, no mesmo período, repassou parte significativa desses valores para empresas constituídas em nome de “laranjas” do ex-gestor. Foram desviados mais de R$ 7 milhões.
No que se refere à gestão de 2017 a 2020, o Município fez uso de verbas oriundas dos “precatórios do FUNDEF”, do FUNDEB e do PNATE para contratar irregularmente 3 empresas de um mesmo grupo familiar e ligadas ao antigo gestor municipal. Apurou-se que a ORCRIM lavou os recursos desviados injetando capital em empresas de fachada controladas pelo ex-gestor, pagando as despesas pessoais dele e comprando veículos e imóveis para “laranjas” a ele vinculados.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, fraude a licitações, superfaturamento de contratos, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.
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