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'Bruna Surfistinha da TV' diz não ter medo de comparações com Secco
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Maria Bopp vive primeira protagonista em série sobre Bruna Surfistinha(Foto: Celso Tavares/EGO)
Após o sucesso do filme "Bruna Surfistinha" nos cinemas, agora está sendo a vez da história da ex-garota de programa mais famosa do Brasil ganhar as telinhas. E coube à jovem Maria Bopp, de 25 anos, a responsabilidade de interpretar a personagem de "Me Chama de Bruna", versão televisiva dirigida por Márcia Faria e exibida pelo canal a cabo FOX1, que conta o primeiro ano da jovem no mundo da prostituição. No ar com o trabalho desde o dia 8 de outubro, a atriz posou para o EGO em São Paulo e falou sobre as comparações com Deborah Secco, que viveu Bruna no longa de 2011.
"A Deborah fez um trabalho maravilhoso. E eu acho que existe o peso e a responsabilidade de fazer uma personagem já feita por ela. Acredito que as comparações vão ser inevitáveis por ser a mesma personagem. Só que eu não tenho medo delas, uma vez que não vou poder evitá-las. Sou otimista em relação a isso, as pessoas vão entender que são obras e atuações diferentes", acredita ela, que já trabalhou na série "Oscar Freire 279”, do Multishow.
Graduada em Audiovisual, ela, que já trabalhava atrás câmeras como continuísta na TV e no cinema, não chegou a se formar em teatro e conta que chorou ao descobrir que havia passado no teste para a série. "Achava muito improvável passar, quando me falaram pessoalmente, foi um choque. Chorei de emoção, coisa que não faço geralmente", relembrou ela, que para o trabalho - que tem oito episódios -, chegou a gravar várias cenas de nudez e sexo, inclusive grupal e com outra mulher.
"Eu achei que teria mais dificuldade, mas foi natural. No entanto, uma cena de estupro foi a mais difícil de fazer, exigiu uma concentração e um preparo psicológico muito grande. Foi quase um dia inteiro gravando. Não queria banalizar a dor das mulheres que passam por isso", disse ela, sobre a cena que foi ao ar no último sábado, 22.
Para viver a personagem, Maria conta que se preparou durante dois meses e meio. E chegou, inclusive, a ir para as ruas com o objetivo de "entrar" no papel. "Estava com uma blusa regata, um short e coloquei um salto alto. Eu e uma colega de elenco ficamos andando pelas ruas de Botafogo - bairro da Zona Sul do Rio. Mesmo sem abordar ninguém, já deu para sentir como as pessoas olhavam a gente com um certo estranhamento. Foi revelador. Alguns homens perguntaram qual era o nosso preço. Senti até um pouco de medo e cheguei a pedir para interromper o exercício, não estava à vontade com a abordagem de um homem, em especial", contou ela, que afirmou ter uma ótima relação com Raquel na vida real: "Tenho muito carinho e respeito por ela".
Feminista, Maria deixa claro ainda, durante a entrevista , que sua maior dificuldade foi justamente não romantizar o universo das garotas de programa: "Não quis glamourizar, nem romantizar esse universo. Não queria ocupar esse lugar de fazer quase que uma apologia a esse tipo de de vida". Para terminar, ela destaca o que a personagem representa em sua vida e carreira. "Um recomeço de muitas coisas. Uma sorte e um presente que recebi. Meu primeiro grande trabalho de protagonismo é realmente muito transformador", avaliou.
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