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Entretenimento
Filme de Walter Salles com Fernanda Torres e Selton Mello é um dos favoritos em premiação.
Por: Sites da Web
Fernanda Torres é Eunice Paiva e Selton Mello vive Rubens Paiva em 'Ainda Estou Aqui' — Foto: Alile Dara Onawale/Divulgação
Ainda Estou Aqui deu mais um passo a caminho do Oscar: o longa de Walter Salles estrelado por Fernanda Torres foi indicado a Melhor Filme em Língua Estrangeira no Globo de Ouro, pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood nesta segunda-feira (9). Dividida em categorias de cinema e televisão, a premiação é tida como um termômetro para outras do gênero e acontecerá no dia 5 de janeiro, em Los Angeles (EUA).
Ainda Estou Aqui é o quarto filme de Walter Salles indicado a Melhor Filme em Língua Estrangeira no Globo de Ouro e pode ser sua segunda vitória: em 1999, quando a categoria ainda era chamada de Melhor Filme Estrangeiro, ele ganhou o prêmio por Central do Brasil (Fernanda Montenegro perdeu como Melhor Atriz).
Em 2002 o diretor concorreu com Abril Despedaçado, filme com Rodrigo Santoro, mas Terra de Ninguém, da Bósnia e Herzegovina, venceu. Em 2005, Walter Salles foi mais uma vez indicado com Diários de Motocicleta, mas o longa com Gael Garcia Bernal foi derrotado por Mar Adentro, com Javier Bardem.
Ainda Estou Aqui estreou no 81º Festival de Cinema de Veneza e marcou a volta de Walter Salles à direção de longas-metragens após 12 anos - seu último filme tinha sido Na Estrada, em 2012, com Kristin Stewart, Amy Addams, Garrett Hedlund e Alice Braga. Premiado com a Osella de Ouro de Melhor Roteiro, para Murilo Hauser e Heitor Lorega, Ainda Estou Aqui é um dos maiores sucessos do cinema nacional e bateu a marca de 2 milhões de espectadores.
Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, a produção narra a luta de Eunice Paiva para provar que o marido. Rubens Paiva (Selton Mello), foi preso, torturado e morto após ser levado por militares da Aeronáutica de sua casa, no Rio, em 1971. Paiva era engenheiro, foi deputado, cassado e exilado na ditadura militar.
Mãe de cinco, Eunice chegou a ser presa com uma das filhas e se tornou símbolo na luta pelos direitos humanos dos desaparecidos durante a ditadura. Seu trabalho e de outros ativistas levou à promulgação da Lei 9.140/95, que reconhece como mortas as pessoas desaparecidas em razão de participação em atividades políticas durante a ditadura militar.
No ano seguinte ela conseguiu que o Estado emitisse o atestado de óbito de Rubens Paiva. Eunice Paiva teve Alzheimer e morreu em 2018. No filme, Eunice é interpretada na velhice por Fernanda Montenegro.
Carioca de uma família tradicional de banqueiros, Walter Salles começou como documentarista, com Japão, uma Viagem no Tempo: Kurosawa, Pintor de Imagens (1985) e Krajcberg, o Poeta dos Vestígios (1986) e Socorro Nobre (1995). Entre seus filmes estão A Grande Arte (1991), Água Negra (2005) e Linha de Passe (2008), co-dirigido com Daniela Thomas. Também produtor, ele já foi eleito um dos melhores diretores do mundo e recebeu o prêmio Robert Bresson no Festival de Veneza, em 2009. Fonte: Revista Quem*
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