"Podemos melhorar", diz Pia Sundhage ao projetar Copa América após testes da Seleção Feminina

 Crédito : CBF/Reprodução.

Sem Marta, que se recupera de lesão, time estreia na competição dia 9 de julho, contra a Argentina

Enquanto a seleção brasileira masculina se prepara para disputar a Copa do Mundo do Catar, em novembro, a seleção feminina faz os últimos ajustes para a disputa da Copa América, que começa em julho. O Brasil é favorito ao título do torneio mais uma vez, em sites de apostas com o resultado da aliança e também de outras competições espalhadas pelo mundo.

Os testes para a competição, vencida pelo Brasil em sete oportunidades, não foram dos melhores. Foram duas partidas, contra Dinamarca e Suécia. Com duas derrotas na conta: a primeira por 2 a 1 e a segunda por 3 a 1. Ou seja: há muito o que melhorar na equipe comandada pela sueca Pia Sundhage.

A treinadora sabe disso. Em entrevista coletiva recente, Pia destacou que a equipe ainda tem "margem para melhorar" e que precisa estar mais concentrada para a disputa da competição continental. O Brasil estreia no dia 9 de julho, diante da Argentina.

"Poderíamos estar um pouco melhor preparadas fisicamente, e isso será importante na Copa América. Para que façamos o melhor com as jogadoras que temos. Há margem para melhora. Acredito que teremos tempo o suficiente para nos preparamos para a Copa América", afirmou a treinadora.

Em outro momento da coletiva, Pia falou sobre a queda de rendimento da equipe em alguns momentos durante os amistosos contra as equipes europeias. Disse que é normal, mas que o nível de intensidade precisa estar sempre elevado caso a equipe queira conquistar títulos e estar na prateleira de cima do futebol feminino.

"Estar focada e concentrada, "capricha", requer um trabalho longo. Nós estaremos prontas para a Copa América. Temos jogadoras novas, que não jogaram tantas partidas, em comparação com Dinamarca e Suécia. Tenho que levar isso em consideração. Na Copa América, melhoraremos isso. Não conseguimos mudar muito o aspecto físico até a Copa América, mas ao treinar o time temos que considerar quem está 100% para jogar e quem não está. Isso é um pouco complicado, mas precisamos fazer um bom trabalho para que o time esteja pronto para a competição".

Ela também destacou que a equipe tem jogadoras que estão se conhecendo e que formar um entrosamento em tão pouco tempo é complicado. Por isso, pediu à CBF para que as atletas estejam reunidas o mais rápido possível antes da Copa América.

"O mais tempo que tivermos juntas, melhor. Por isso é tão importante planejar as viagens. Acredito que podemos fazer um trabalho melhor para garantir que as jogadoras tenham uma logística boa. Isso vai ser quando nos classificarmos para a Copa do Mundo. Quanto mais tempo tivermos juntas, mais fortes, mais em forma elas estarão".

A principal ausência da seleção brasileira nos próximos meses será a da capitã e camisa 10 Marta. Em março deste ano, a jogadora de 36 realizou uma operação para corrigir uma lesão sofrida no ligamento do joelho esquerdo. A previsão é que a jogadora fique longe dos gramados por seis meses, e seu retorno deve acontecer apenas no início de abril. Atualmente, ela defende o Orlando Pride, dos EUA.

As seleções que disputam a Copa América estão divididas em duas chaves. O Brasil está no grupo B, que além da Argentina tem ainda Peru, Uruguai e Venezuela. No Grupo A estão Colômbia, Equador, Paraguai, Bolívia e Chile.