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TRE dá continuidade ao julgamento que pode levar à cassação de Sergio Moro

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TRE dá continuidade ao julgamento que pode levar à cassação de Sergio Moro

Até o momento, o julgamento está empatado em 1 a 1.

Por: Camaçari Notícias

(Foto: Isac Nóbrega/PR)

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná vai retomar nesta segunda-feira (8) o julgamento que poderá resultar na cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato. Esta será a terceira sessão para analisar o caso, marcada para começar às 14h. Se o TRE cassar Moro, ele não perderá imediatamente seu cargo, pois sua defesa poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se a cassação for confirmada pelo TSE, novas eleições serão convocadas no Paraná para preencher sua vaga no Senado, e Moro poderá ficar inelegível por oito anos.

Até o momento, o julgamento está empatado em 1 a 1. No primeiro dia do julgamento, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza votou contra a cassação, enquanto na segunda sessão, o desembargador José Rodrigo Sade se manifestou a favor da cassação. Após o empate na votação, a desembargadora Claudia Cristina Cristofani pediu vista do processo e suspendeu o julgamento, faltando os votos de cinco magistrados.

O tribunal analisa duas ações em que o PT, o PL e o Ministério Público Eleitoral (MPE) acusam Moro de abuso de poder econômico devido a gastos irregulares durante a pré-campanha das eleições de 2022. Moro estava no Podemos no final de 2021 e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República, sendo acusado de realizar gastos irregulares antes de deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo União.

Segundo a acusação, aproximadamente R$ 2 milhões do Fundo Partidário foram gastos com eventos de filiação de Moro ao Podemos, produção de vídeos para promoção pessoal e consultorias eleitorais. O PL apontou gastos irregulares de R$ 7 milhões, enquanto o PT mencionou R$ 21 milhões.

Na primeira sessão do julgamento, a defesa de Moro negou irregularidades na pré-campanha e defendeu a manutenção de seu mandato. O advogado Gustavo Guedes afirmou que Moro não se elegeu no Paraná devido a uma suposta pré-campanha "mais robusta" e negou a ocorrência de caixa 2 nas eleições.

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