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Aviação privada lidera os casos e acidente de Gramado é o maior dos últimos 10 anos.
Por Camaçari Notícias
São Paulo foi o estado com maior ocorrência dos acidentes fatais - Foto: Divulgação | Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul
No domingo (22), a cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, foi palco de uma tragédia, com a queda de um avião que deixou 10 pessoas mortas. Este foi o segundo maior acidente aéreo do Brasil em 2024, superado apenas pelo desastre envolvendo uma aeronave da VoePass, que causou a morte de 62 pessoas. Com esse evento, o número de vítimas fatais aumentou em 92% em comparação a 2023, totalizando 148 mortes, o maior número desde 2014, quando começou a ser registrada a série histórica pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica.
De acordo com os dados do Cenipa, o acidente ocorrido no domingo foi o 41º com vítimas fatais em 2024. A tragédia de Gramado foi a sétima queda de avião no ano com ao menos cinco mortes, e a segunda a envolver dez vítimas fatais. Embora o número de mortes tenha sido elevado, 2024 não registrou o maior índice de acidentes fatais; foram 41 incidentes, representando um aumento de 36% em relação a 2023.
São Paulo liderou o número de acidentes fatais, com 11 ocorrências. Seguiram-se Mato Grosso (6), Pará (5) e Minas Gerais (5). A principal causa registrada foi a "perda de controle em voo", responsável por 13 acidentes.
Como ocorreu o acidente em Gramado
O acidente envolveu uma aeronave bimotor modelo PA-42 Cheyenne, fabricada em 1990 pela Piper Aircraft. A decolagem aconteceu às 9h12 do aeroporto de Canela, cidade vizinha a Gramado, com destino a Jundiaí, em São Paulo. Antes de cair, a aeronave colidiu com a chaminé de um prédio e, em seguida, com o segundo andar de uma residência, antes de atingir uma loja de móveis. Os destroços ainda alcançaram uma pousada, onde duas pessoas ficaram gravemente queimadas.
O Corpo de Bombeiros Militar controlou o incêndio gerado pela queda, mas ainda trabalha na estabilização e remoção da estrutura de ferro da loja, o que permitirá acessar os destroços e retirar os corpos. Paralelamente, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul e o Cenipa investigam as causas do acidente, com focos distintos: o Cenipa visa prevenir novos acidentes semelhantes, enquanto a polícia busca identificar possíveis responsáveis pela tragédia.
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