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Saúde
Por Camaçari Notícias
No dia 29 de dezembro, o Ministério da Saúde divulgou o último boletim epidemiológico do ano sobre a microcefalia. 2015 terminou com 2.975 casos suspeitos da doença em recém-nascidos de 656 municípios. A Bahia aparece em terceiro lugar no ranking dos estados com 271 casos, sendo 10 mortes com suspeita de relação com o Zika vírus e 64 municípios com casos sob investigação. O estado de Pernambuco continua liderando o número de casos com 1.153, seguido da Paraíba com 476.
A Universidade Federal da Bahia (UFBA), em parceria com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) e a Fiocruz-Bahia, criou um Grupo Tarefa Interinstitucional para coordenar as pesquisas sobre a relação entre a microcefalia e o Zika vírus. Além disso, a iniciativa tem o objetivo de dar acolhimento e apoio às crianças afetadas e buscar novas estratégias de prevenção.
Dentre os casos suspeitos, 10 mortes foram registradas na Bahia nas cidades de Salvador, Itapetinga, Olindina, Crisópolis, Tanhaçu, Camaçari, Itabuna, Campo Formoso e Alagoinhas. Nos casos com suspeita, 83 pacientes foram submetidos a exames para comprovar a infecção. Destes, oito ultrassonografias foram realizadas em Camaçari, onde cinco apresentaram alterações, segundo a Sesab.
A microcefalia é caracterizada pela má formação do cérebro. O crânio não atinge o tamanho normal de 33 centímetros ou mais, o que compromete o desenvolvimento da criança em 90% dos casos. A recomendação dos médicos para as gestantes é de que elas usem mosquiteiros para dormir, vistam roupas com mangas compridas, calças e meias, além da utilização de repelentes.
Não existe cura para a microcefalia, mas tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança.
Autor: Sheila Barretto
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