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Sete em cada dez brasileiros sofrem com distúrbios do sono, aponta estudo da Fiocruz

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Sete em cada dez brasileiros sofrem com distúrbios do sono, aponta estudo da Fiocruz

Insônia e apneia lideram as principais buscas por tratamento.

Por: Camaçari Notícias

Foto: Freepik

Um levantamento realizado pela Fiocruz em 2023 revelou que 72% dos brasileiros enfrentam distúrbios do sono. Entre os problemas mais comuns, a insônia lidera, seguida pela apneia do sono. “O sono desempenha um papel importante na qualidade de vida, e sua falta ou redução pode causar diversos danos ao corpo e à mente, além de aumentar a incidência de doenças e o risco de mortalidade”, explica Cintia Felicio Rosa, otorrinolaringologista e especialista em sono do Hospital IPO de Curitiba (PR).

“A insônia, que se manifesta como dificuldade para iniciar ou manter o sono, afeta 45% da população. A insônia crônica, definida como ocorrendo mais de três vezes por semana por mais de três meses, afeta 15% da população”, explica a especialista, destacando que este é um dos problemas mais comuns que levam os pacientes a buscar tratamento. “A insônia é estatisticamente mais comum em mulheres, devido a fatores biológicos e sociais. Além das questões hormonais, que as tornam mais predispostas à condição, as mulheres geralmente acumulam mais tarefas diárias e sofrem mais com ansiedade e estresse, que são grandes causadores de insônia”, complementa.

A apneia do sono, caracterizada por interrupções repetitivas na respiração durante o sono, é mais comum entre os homens. “Fatores fisiológicos, hormonais e de estilo de vida fazem com que mais homens sejam diagnosticados com apneia”, comenta a médica. Outros distúrbios do sono, como sonambulismo, falar dormindo, sonolência excessiva, terror noturno ou despertar confusional, também necessitam de tratamento para melhorar a qualidade do sono. “Observamos que cada distúrbio do sono afeta faixas etárias e gêneros específicos. Contudo, cada caso deve ser avaliado individualmente para determinar a causa e o tratamento ideal”, explica.

A especialista enfatiza que nem todo tratamento precisa ser medicamentoso. “As pessoas precisam entender que não é normal não dormir bem. A insônia, por exemplo, pode ser tratada com Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), que inclui psicoeducação, mudanças comportamentais e higiene do sono. No entanto, o diagnóstico é necessário para descartar questões psiquiátricas”, destaca Cintia.

Distúrbios respiratórios, como a apneia do sono, necessitam de avaliação para determinar a gravidade do problema. “Em alguns casos, além de mudanças no estilo de vida, pode ser recomendado o uso de dispositivos que auxiliam na respiração ou até cirurgia para desobstrução das vias aéreas”, elucida a médica. “Por isso, é fundamental que cada caso seja avaliado individualmente para que o plano de tratamento adequado seja recomendado”, conclui.

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