Ceará confirma 96 casos de febre oropouche; Bahia registrou primeira morte pela doença no mundo

Em 2024, o Ceará registrou 96 casos confirmados de febre oropouche, conforme boletim da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Os casos estão distribuídos por cinco municípios, com maior concentração no Maciço de Baturité: Pacoti (28 casos), Mulungu (26), Aratuba (22), Redenção (17) e Palmácia (3). Não houve óbitos relacionados à doença no estado.

A febre oropouche é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, que prefere ambientes úmidos e áreas de água corrente. O primeiro caso no Ceará surgiu em maio, e desde então foram confirmados mais casos, com um aumento significativo entre junho e julho.

Carlos Garcia, da Sesa, afirmou que o vírus é mais comum na região Norte do Brasil e que a situação no Ceará está sendo investigada. A Secretaria realiza investigações, coleta de mosquitos e exames para entender a disseminação da doença.

Os sintomas da febre oropouche são semelhantes aos de outras arboviroses, como dengue e chikungunya, e incluem febre, dor de cabeça e dor no corpo. Não há tratamento específico, apenas medidas de suporte como hidratação e repouso.

No Brasil, foram detectados 7.284 casos em 2024, com duas mortes confirmadas na Bahia e o primeiro óbito fetal associado ao vírus. A prevenção inclui evitar áreas de risco, usar roupas protetoras, aplicar repelente, e manter ambientes limpos e livres de criadouros de mosquitos.

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