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Síndrome do Ovário Policístico facilita surgimento de outras 9 doenças

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Síndrome do Ovário Policístico facilita surgimento de outras 9 doenças

Por: Bolsa de Mulher

 


Mudanças hormonais acontecem no corpo feminino todo mês, mas existem mulheres que precisam lidar com alterações ainda mais bruscas. Elas são causadas pela Síndrome do Ovário Policístico (SOP), a desordem endócrina mais comum em mulheres em idade reprodutiva. Além do incômodo e dos cistos no ovário, a SOP facilita o aparecimento de mais 9 problemas que podem colocar a saúde em risco. Veja quais são a seguir.

Síndrome do Ovário Policístico: o que é
Antes de qualquer outra coisa, é preciso entender que a Síndrome do Ovário Policístico não se refere apenas ao aparecimento de cistos no ovário. Trata-se, na verdade, de um conjunto de sinais e sintomas causados por importantes alterações hormonais. Os motivos que fazem com que algumas pessoas tenham a síndrome e outras não, no entanto, são desconhecidos.

Entre as principais mudanças da SOP, estão o aumento da circulação de hormônios andrógenos, entre eles a testosterona, que causam ausência ou irregularidade da menstruação, aumento da quantidade de pelos, sobrepeso e outros sintomas. Também ocorre um aumento da quantidade de insulina, substância responsável pela metabolização da glicose no corpo.

Esses são alguns dos motivos que fazem com que, além do ovário policístico, a mulher que carrega a SOP tenha facilidade em desenvolver outras 9 doenças.

Problemas de saúde da mulher que tem SOP
Resistência à insulina, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional

A ginecologista Bárbara Murayama, do Hospital 9 de Julho, de São Paulo, explica que é comum que as mulheres com SOP tenham resistência à insulina e diabetes, principalmente se estiverem acima do peso, mas nem todas a desenvolverão. Estudos dizem que a prevalência de diabetes em mulheres com SOP é 7 vezes maior em comparação com mulheres totalmente saudáveis.

A resistência à insulina - um tipo de pré-diabetes causado pela grande quantidade de insulina circulante no corpo de quem tem SOP - e a obesidade abdominal, mais comum nessas pacientes, seriam os responsáveis pela maior chance dessas mulheres desenvolverem diabetes.

Pesquisas científicas mostraram também que mulheres com SOP que estejam grávidas, sejam elas obesas ou não, têm mais chances de desenvolver diabetes gestacional, tipo que dura apenas durante a gestação, mas pode causar sequelas tanto à mãe quanto ao bebê.

O tratamento do quadro envolve um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e prática de exercícios, e o uso de medicamentos que ajudam na regulação da insulina e da glicose. O mais comum é a metformina, medicamento disponibilizado gratuitamente através do Programa Farmácia Popular que melhora todo o quadro, incluindo sintomas causados pelo excesso de hormônio masculino.

Obesidade
Cerca de 60% das mulheres com SOP são obesas em função das amplas alterações hormonais que caracterizam a síndrome. É a produção exagerada de hormônios sexuais em conjunto com a resistência à insulina que contribuem para o depósito exagerado de gordura corporal. A gordura acumulada no corpo sob a forma de tecido adiposo, por sua vez, é capaz de produzir o hormônio estrogênio, que, em excesso no corpo feminino, também contribui para o ganho de peso.

Câncer de endométrio
A ginecologista explica que a exposição constante ao estrogênio produzido pelo tecido adiposo é capaz de causar alterações no endométrio, tecido que reveste internamente o útero. Já é bem aceito na literatura médica que o hormônio em excesso é o responsável pelo maior risco de câncer de endométrio em mulheres com a síndrome. Outros fatores que aumentam as chances de ter o tumor são obesidade, hipertensão, diabetes e infertilidade – todos eles associados à SOP.

Infertilidade
Uma das características da Síndrome do Ovário Policístico é a anovulação, ou seja, a ausência da ovulação, que faz com que a mulher passe períodos longos sem menstruar. Sem ovular, a mulher não produz gametas para que haja a fecundação. Bárbara Murayama explica que, nesse caso, a infertilidade pode ser revertida utilizando medicamentos que induzem a ovulação.

Hipertensão, colesterol alto e doença cardiovascular
A resistência à insulina contribui de diferentes maneiras para o aparecimento de doenças cardiovasculares. Estudos dizem que há uma ação direta sobre as paredes dos vasos sanguíneos e outro mecanismo é capaz de aumentar a taxa de triglicérides, aumentar o colesterol ruim (LDL) e diminuir o bom (HDL). Soma-se a esses efeitos a tendência à obesidade e diabetes, maior entre essas mulheres.

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