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Saúde
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A hiperplasia prostática benigna (HPB), ou o aumento benigno da próstata, atinge cerca de 25% da população masculina com mais de 50 anos. Após os 80, sua taxa de incidência pode chegar a 90%. É o que demonstra um estudo realizado no ambulatório de urologia do Centro de Referência da Saúde do Homem, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
O crescimento da glândula, responsável pela produção do esperma, é normal à medida que os homens envelhecem. Entretanto, em alguns casos o órgão acaba pressionando a uretra, canal pelo qual passa a urina, comprometendo sua saída. O resultado é a sensação de que a bexiga não se esvaziou completamente, aliada à vontade contínua de urinar e a um jato de urina fraco.
“A maioria dos sintomas ocorre nessa esfera [urinária]. O paciente passa a acordar muitas vezes durante a noite para ir ao banheiro. Pode ocorrer, inclusive, de a urina vazar antes que ele consiga ir ao banheiro. Dependendo do caso, pode comprometer muito a qualidade de vida da pessoa, que passa a ter que controlar tudo o que bebe e não consegue, por exemplo, fazer viagens longas”, explica o urologista Joaquim de Almeida Claro, coordenador do Centro de Referência da Saúde do Homem.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, o consumo de gorduras saturadas e zinco aumenta o risco de o paciente desenvolver uma HPB sintomática. Além disso, o problema pode ser hereditário: pai ou irmão com a hiperplasia aumenta em três vezes o risco de desenvolver o problema.
Um check-up urológico a partir dos 40 anos ajuda a detectar o aparecimento da hiperplasia. O diagnóstico é realizado por meio do teste de PSA (antígeno prostático específico), exame laboratorial que mede os níveis dessa substância e serve como um marcador biológico, e pelo exame físico da próstata, conhecido como “exame de toque retal”. “Em alguns casos graves, quando a hiperplasia prostática benigna não é tratada, a bexiga acaba perdendo sua função, já que ela faz muita força e o músculo entra em falência. Essers pacientes terão de urinar por meio de sonda”, afirma Claro.
É importante lembrar que a hiperplasia não é um tipo de câncer e também não aumenta o risco de o paciente desenvolver a doença. “Não há nenhuma correlação [entre hiperplasia e câncer]. O crescimento é totalmente benigno”, finaliza o urologista.
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