Comissão da Câmara de Camaçari discute denúncias de contaminação em Areias com representantes da Embasa

Na tarde desta quinta-feira (20), a Comissão de Meio Ambiente e Turismo da Câmara de Camaçari recebeu representantes da Embasa para dar continuidade à apuração de denúncias feitas por moradores da região de Areias. As reclamações apontam uma possível contaminação atmosférica e do lençol freático causada pela empresa mineradora Tronox, supostamente associada ao surgimento de doenças na população local.

Durante a reunião, o presidente da comissão, vereador Manoel Jacaré (PP), questionou sobre o Termo de Cooperação Técnica firmado entre a Embasa e a Tronox. Segundo os representantes da empresa, o acordo se limita a estudos voltados ao abastecimento de água para uso industrial pela mineradora. Com duração de dois anos, os estudos também avaliam a possibilidade de compartilhamento da infraestrutura física entre as partes.

"Os estudos podem indicar, por exemplo, o uso da infraestrutura da Tronox para a implantação do sistema de esgotamento sanitário na região de Areias ou a utilização dos poços da empresa pela Embasa", explicou o engenheiro sanitarista e ambiental da Embasa, Thiago Hirosh.

A superintendente de Serviços de Água e Esgotamento Sanitário da Embasa, Thaís Santos Vieira, também participou da reunião e esclareceu que as análises realizadas na região não apontam indícios de contaminação da água. "Fazemos coletas periódicas e, até o momento, não identificamos índices fora dos padrões de qualidade", afirmou.

O vereador Manoel Jacaré também solicitou informações sobre a previsão para a chegada do serviço de esgotamento sanitário em Areias, já que a localidade atualmente conta apenas com abastecimento de água. Thaís explicou que a Embasa segue um planejamento para atingir 90% de cobertura do serviço de esgotamento sanitário até 2028, conforme definido pelo Marco Legal do Saneamento.

"A comissão continuará acompanhando a situação e buscando respostas para a comunidade de Areias de forma responsável. Nosso objetivo é entender melhor o processo para encontrar soluções para o problema", ressaltou o presidente da comissão.

Diante da gravidade das denúncias, o vereador Paulinho do Som (PT), membro da comissão, reforçou a possibilidade de a Câmara Municipal realizar uma audiência pública para aprofundar o debate e buscar encaminhamentos para a questão.

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