"Isso não é em 24 horas", diz vice-presidente sobre redução do preço dos alimentos nos supermercados

Após anunciar a decisão de zerar os impostos de exportação sobre alimentos, o vice-presidente e ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que a medida não terá impacto imediato nos preços dos supermercados.

"Isso não acontece em 24 horas", declarou Alckmin em entrevista à rádio CBN.

Ele destacou que a preocupação com o custo dos alimentos é uma prioridade do governo, especialmente devido aos impactos climáticos na produção e à valorização do dólar, que chegou a R$ 6,20 no final de 2024. Para acelerar os efeitos da iniciativa, o governo também pretende zerar o imposto de importação de diversos produtos.

Entre os itens beneficiados pela isenção tributária estão carnes, açúcar, café, azeite, milho, biscoitos, massas e outros alimentos. Além disso, Alckmin reforçou o pedido para que os estados concedam isenção do ICMS sobre a cesta básica.

"Entendemos a realidade de cada estado, por isso não é uma obrigação, mas uma sugestão. E não é necessário zerar todos os impostos. Por exemplo, pode-se reduzir o ICMS do ovo por um período. São medidas temporárias", explicou o vice-presidente.

Ele enfatizou que a proposta não será imposta por lei. "Quando o dólar estabilizar, o clima melhorar e tivermos uma safra recorde, a situação deve se normalizar. Não é possível eliminar o ICMS de todos os produtos, mas reduzir a tributação de alguns já ajudaria", acrescentou.

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