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Taxa de desocupação no Brasil sobe para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, aponta IBGE

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Taxa de desocupação no Brasil sobe para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, aponta IBGE

Apesar do aumento trimestral da taxa de desocupação, mercado de trabalho apresenta crescimento anual do emprego formal e da renda.

Por: Camaçari Notícias

Foto: REUTERS/Amanda Perobelli

A taxa de desocupação no Brasil registrou alta no trimestre encerrado em fevereiro, atingindo 6,8%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice representa um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando a taxa era de 6,1%.

Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que apontou que o Brasil contabilizou 7,5 milhões de pessoas desocupadas no período, um crescimento de 10,4% no trimestre, o que representa mais 701 mil pessoas sem emprego. No entanto, em comparação ao mesmo período do ano passado, houve um recuo de 12,5%, ou seja, 1,1 milhão de pessoas a menos nessa condição.

Ocupação e mercado de trabalho

A população ocupada totalizou 102,7 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro, uma redução de 1,2% em comparação ao trimestre anterior. Com isso, o nível de ocupação da população brasileira caiu para 58%, frente aos 58,8% do trimestre anterior.

No setor privado, 53,1 milhões de brasileiros estavam empregados, o que representa uma queda de 0,8% no trimestre, mas um crescimento de 3,5% na comparação anual. Entre os trabalhadores com carteira assinada no setor privado (excluindo os empregados domésticos), o número atingiu um recorde histórico de 39,6 milhões, após um crescimento de 1,1% no trimestre e 4,1% em relação ao ano passado.

Já o número de empregados sem carteira no setor privado caiu 6% no trimestre, somando 13,5 milhões de pessoas. O setor público, por sua vez, contabilizou 12,4 milhões de empregados, uma redução de 3,9% na comparação trimestral. O número de trabalhadores por conta própria permaneceu estável, em 25,9 milhões de pessoas, enquanto o número de trabalhadores domésticos caiu para 5,7 milhões.

Informalidade e subutilização

A taxa de informalidade no trimestre foi de 38,1%, o que equivale a 39,1 milhões de pessoas trabalhando sem registro formal. No mesmo período de 2024, esse índice era de 38,7%, abrangendo cerca de 38,8 milhões de trabalhadores.

A taxa de subutilização, que considera pessoas desempregadas, trabalhadores subocupados e aqueles que não procuram emprego apesar de estarem disponíveis, foi de 15,7%. O Brasil somou 18,3 milhões de pessoas nessa situação, um aumento de 2,8% no trimestre (mais 491 mil pessoas).

Já a população desalentada, formada por aqueles que desistiram de procurar emprego por acreditarem que não conseguirão uma vaga, chegou a 3,2 milhões de brasileiros, um crescimento de 6,9% no trimestre. O percentual de desalentados em relação à força de trabalho foi de 2,9%.

Rendimento dos trabalhadores

O rendimento real habitual dos trabalhadores foi de R$ 3.378, enquanto a massa de rendimento real habitual atingiu um novo recorde de R$ 342 bilhões. Esse montante representa um crescimento de 6,2% (mais de R$ 20 bilhões) em relação ao mesmo período do ano passado.

Os dados refletem um mercado de trabalho dinâmico, com aumento da desocupação no curto prazo, mas melhora nos números anuais, especialmente no crescimento do emprego formal e na renda dos trabalhadores.

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